Coligação aumenta vantagem na sondagem diária da RTP e poderia conquistar maioria absoluta

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

Na nona sondagem diária realizada pela Universidade Católica para a RTP, a coligação Portugal à Frente atinge os 43 por cento na estimativa de resultados eleitorais e aumenta para 10 pontos percentuais a vantagem em relação às estimativas para o PS. Os socialistas descem este sábado dois pontos em relação à sondagem de sexta-feira, e registam 33 por cento.

São números que, de acordo com a Universidade Católica, colocam o PSD/CDS-PP “com a possibilidade de ter hoje a maioria absoluta”. É a primeira vez que este cenário surge nas sondagens diárias da RTP.

No entanto, os autores do estudo adiantam que “os resultados desta sondagem indicam que a coligação PàF tem hoje mais intenções de voto do que o PS. Estes resultados não preveem o que vai acontecer nas eleições - apenas retratam o atual posicionamento dos portugueses (que, entretanto, poderá ou não mudar)”.

A diferença entre a coligação Portugal à Frente e o PS é este sábado maior do que a registada na sondagem da véspera: passa de sete para 10 pontos percentuais, resultado da subida em um ponto do PSD/CDS-PP e da descida de dois pontos do partido de António Costa.

Bloco de Esquerda e CDU mantêm as mesmas estimativas de resultado eleitoral de ontem. Os demais partidos somados registam um aumento das intenções de voto de um ponto percentual. A sondagem deste sábado aponta ainda para a existência de 4 por cento de inquiridos que pretendem votar branco ou nulo.



Esta sondagem foi realizada entre os dias 22 e 25 de setembro de 2015 e registou 936 inquiridos e uma margem de erro de 3,2 por cento.

A estimativa de resultados eleitorais é obtida calculando as intenções diretas de voto em cada partido em relação ao total de votos válidos e redistribuindo indecisos com base numa segunda pergunta sobre a intenção de voto.

E no que diz respeito aos indecisos, destaque para uma nova descida, desta vez de um ponto percentual em relação à sondagem de ontem. Passam a ser agora 24 por cento dos inquiridos. Sete por cento dos inquiridos continuam a não responder.



A percentagem de pessoas que dizem que vão votar mas que não sabem em quem votar ou não querem dizer está já 11 pontos percentuais abaixo do que acontecia no primeiro dia de sondagem. Eram 42 por cento a 18 de setembro e são agora 31 por cento.
Intenção direta de voto
A subida registada pela coligação Portugal à Frente manifesta-se também na intenção direta de voto expressa pelos inquiridos, com um aumento de dois pontos em relação à sondagem anterior. Já o Partido Socialista mantem o mesmo valor, de 17 por cento.



A CDU, coligação entre PCP e PEV, mantem a intenção direta de voto nos sete por cento, enquanto o Bloco de Esquerda diminui um ponto neste capítulo, situando-se nos quatro por cento. Em relação a sexta-feira, os outros partidos continuam a conquistar dois por cento das intenções de voto.
Sondagens diárias
Esta é a nona sondagem de uma série que a RTP divulga até ao final da campanha eleitoral. Estes estudos permitem avaliar dia a dia a evolução das intenções de voto e a tendência dos indecisos.



A amostra é inferior à de um barómetro.

O interesse deste tipo de sondagem (tracking poll) reside na observação das tendências de subida e descida de cada partido, mais do que a medição da percentagem das intenções de voto de cada um.

Ficha técnica: Esta sondagem foi realizada pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP entre os dias 22 e 25 de setembro de 2015. O Universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente residentes em Portugal Continental em lares com telefones fixos. Foram obtidos 936 inquéritos válidos, sendo 56% dos inquiridos mulheres, 29% da região Norte, 29% do Centro, 37% de Lisboa, 2% do Alentejo e 4% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários e região na base dos dados do recenseamento eleitoral e do Censos 2011. A taxa de resposta foi de 57 %*.A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 936 inquiridos é de 3,2%,com um nível de confiança de 95%.* A taxa de resposta é estimada dividindo o número de inquéritos realizados pela soma das seguintes situações: inquéritos realizados; inquéritos incompletos; e recusas
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