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Controladores de missão da nave Schiaparelli admitem que não sabem onde ela está

por Lusa
Um modelo do módulo da ExoMars, Schiaparelli, que desceu quarta-feira sobre Marte Kai Pfaffenbach - Reuters

Os controladores de missão da nave Schiaparelli, enviada pela Agência Espacial Europeia a Marte, admitiram hoje não saber o que aconteceu ao aparelho, que deveria ter pousado no Planeta Vermelho na tarde de quarta-feira.

A Schiaparelli, uma nave do tamanho de uma pequena piscina insuflável, deveria ter pousado em Marte às 14:48 (mais uma hora em Lisboa) de quarta-feira após uma travessia a velocidade supersónica pela fina atmosfera do planeta, concluindo uma viagem de 496 milhões de quilómetros a partir da Terra.

Mas os controladores perderam o sinal da Schiaparelli antes de esta pousar, fazendo lembrar a primeira tentativa, falhada, da agência europeia de levar uma nave até à superfície de Marte, há 13 anos.

"Ainda não estamos em condições de determinar a condição dinâmica na qual a nave pousou na superfície", declarou o responsável da Agência Espacial Europeia para as missões solares e planetárias, Andrea Accomazzo.

O mesmo responsável acrescentou que seria necessário analisar cerca de 600 megabytes de dados que a Schiaparelli enviou antes de ficar muda, para "perceber se sobreviveu estruturalmente ou não".

Caso se confirme que não sobreviveu, será o segundo falhanço seguido da ESA numa missão a Marte. Em 2003, o robot Beagle 2 (construído no Reino Unido) desapareceu após se ter separado da nave-mãe, a Mars Express. A NASA conseguiu fotografar no passado os destroços do robot.

A Schiaparelli viajou ao longo de sete anos a bordo de uma nave russo-europeia, a Trace Gas Orbiter (TGO), até, no domingo, ter chegado a um milhão de quilómetros de Marte. Nesse ponto, separou-se para concluir a sua missão sozinha.

A missão de pousar a Schiaparelli visava preparar e confirmar qual a tecnologia necessária para pousar um "rover" - maior e mais caro - em 2020.

O "rover" de seis rodas estará equipado com uma broca para procurar sinais de vida, atuais ou no passado, até uma profundidade de dois metros.

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