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Crise dos migrantes e refugiados: novas divergências na Europa

por Olívia Santos

Fotos: reuters

Portugal está frontalmente contra a hipótese de vir a ser eliminada a livre circulação de pessoas no espaço europeu.

No contexto da crise dos migrantes e refugiados, e comentando a posição mais inflexível do Reino Unido, o ministro dos Negócios Estrangeiros deixou claro que o Governo português não concorda com posições mais radicais.

Num encontro com a imprensa estrangeira e a dois dias da visita de David Cameron a Portugal, Rui Machete disse - a título pessoal - que vê o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia como um fator de instabilidade e que as propostas britânicas não são muito claras.



Claríssima foi a oposição portuguesa a eventuais restrições ao Acordo de Schengen. Este tema ameaça tornar-se numa crise política europeia. Basta escutar as últimas declarações e tomadas de posição de governantes e instituições para se perceber que o verniz ameaça estalar.

No topo da lista, está a ameaça do chanceler austríaco dirigida ao Reino Unido na questao de permanência britãnica na União Europeia.



Já esta tarde, surgiu um documento assinado pelos governos de Itália, França e Alemanha no qual se pede uma revisão das regras atuais de concessão de asilo na União Europeia.

O documento que os três países assinaram refere que a atual crise tem "mostrado claramente os limites e os defeitos" das regras atuais e, por isso, precisam de ser reavaliadas. Os três países querem que este assunto seja já discutido no encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros, no Luxemburgo, dentro de dois dias.



Esta crise dos migrantes e refugiados, para além do aspecto humanitário, que muitas vezes tem contornos drámaticos, está também a revelar uma série de divergências importantes entre estados e instituições europeias.

(Com Daniel Belo e Marcos Celso)
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