Decretado estado de emergência em municípios venezuelanos fronteiriços com a Colômbia

por Lusa

Caracas, 22 ago (Lusa) - O Presidente da Venezuela Nicolás Maduro, ativou hoje o estado de emergência em cinco municípios venezuelanos fronteiriços com a Colômbia.

O estado de emergência foi decretado dois dias depois de a Venezuela anunciar o encerramento, por 72 horas, da fronteira com a Colômbia na sequência de disparos feitos por desconhecidos contra três mil venezuelanos que participavam numa operação anti-contrabando de alimentos e outros produtos.

"Quero anunciar que, como parte das medidas para restabelecer a ordem, a paz, a tranquilidade, a justiça e (ter) uma fronteira verdadeiramente humana, decidir ativar um estado de emergência constitucional nos municípios fronteiriços, Bolívar, Ureña, Junín, Capacho Liberdade e Capacho Independência", disse.

O anúncio teve lugar no palácio presidencial de Miraflores, durante um discurso ao país, transmitido pelas televisões venezuelanas, durante o qual precisou que o estado de emergência vigorará durante os próximos 60 dias, prorrogáveis por outros 60 dias.

"(O decreto) permite às autoridades civis, militares e policiais restabelecerem, de acordo com a Constituição, a ordem, a paz, a convivência da região venezuelana fronteiriça com a Colômbia", precisou.

A 20 de agosto último a Venezuela anunciou o encerramento, durante 72 horas, da fronteira com a Colômbia, na sequência de disparos feitos por desconhecidos contra três militares venezuelanos que participavam numa operação anti-contrabando de alimentos e produtos.

Segundo um comunicado enviado à agência Lusa pelo Ministério de Comunicação e Informação da Venezuela, o encerramento foi ordenado pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e abrange a zona fronteiriça do sstado de Táchira, a sudoeste do país.

Na nota explica-se que os três militares foram alvo de uma emboscada por "grupos armados" quando se preparavam para capturar contrabandistas que pretendiam entrar com produtos na Colômbia, numa operação realizada no âmbito do programa governamental Operação Libertação e Proteção do Povo, no bairro Simón Bolívar de Táchira.

Durante a emboscada, além dos três militares, foi ainda ferido um civil.

Entretanto, a Venezuela reforçou a segurança fronteiriça com 2.500 oficiais das Forças Armadas e solicitou uma reunião com o Governo colombiano, para discutir a questão do contrabando de alimentos e a situação fronteiriça. O encontro está previsto para 14 de setembro, uma data que Caracas diz ser muito distante.

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