Umaro Sissoco empossado como primeiro-ministro da Guiné-Bissau
Bissau, 18 nov (Lusa) - Umaro Sissoco foi hoje empossado pelo Presidente da República da Guiné-Bissau como primeiro-ministro do país, numa cerimónia sem discursos, no Palácio da Presidência, em Bissau.
Confrontado pelos jornalistas à saída, Umaro Sissoco remeteu declarações para a posse do governo que ainda não tem data marcada.
José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau, empossou o novo primeiro-ministro às 19:15, mesma hora em Lisboa.
A cerimónia decorreu cerca de duas horas depois de o decreto de nomeação ter sido anunciado na Rádio Difusão Nacional da Guiné-Bissau.
Umaro Sissoco, 44 anos, general na reserva das Forças Armadas guineenses, vai liderar o quinto governo da legislatura iniciada em 2014 e que desde há um ano está marcada por forte instabilidade política.
A sua nomeação surge depois de os dirigentes guineenses terem assinado em outubro o Acordo de Conacri, um entendimento que prevê a criação de um governo com todos os partidos do parlamento para durar até ao final da legislatura.
O acordo foi alcançado sob mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O nome de Umaro Sissoco foi escolhido pelo Presidente da República guineense depois de ter falhado o consenso entre os partidos para a escolha de um novo primeiro-ministro, já após a assinatura do entendimento em Conacri.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que venceu as eleições de 2014 com maioria absoluta, defendia outro nome proposto pelo chefe de Estado durante as negociações, o de Augusto Olivais, dirigente daquela força política.
A direção do PAIGC esteve ausente da cerimónia de posse do novo primeiro-ministro ao passo que Alberto Nambeia, líder do segundo partido mais votado, Partido da Renovação Social (PRS), marcou presença e felicitou Umaro Sissoco.