Vaga de frio: raposa congelada faz de espantalho

por RTP
Schwäbische Zeitung

Um caçador da Suábia resgatou do rio Danúbio uma raposa congelada, que caiu na água em dezembro. A raposa, conservada no mesmo bloco de gelo que o caçador cortou, está a ser usada como espantalho para avisar os incautos contra a imprudência de caminharem sobre gelo demasiado fino.

O caçador, Franz  Stehle, encontrou a raposa congelada dentro do rio no princípio de janeiro, mas, segundo o jornal regional Schwäbische Zeitung, foi possível determinar que o animal morreu em 9 de dezembro.

Supõe-se que nessa altura estivesse a caminhar sobre a camada de gelo que recobria o Danúbio. Mas terá tido a infelicidade de fazê-lo próximo de uma fonte de água menos fria, que fazia fundir o gelo e ocasionou a ruptura da camada sob o peso da raposa. Esta caiu, afogou-se na água fria e foi congelada à medida que a temperatura continuava a descer.

O caçador encontrou o animal, divulgou a história e esta rapidamente se tornou viral nas redes sociais. Uma fotografia de Klaus Leuser, de uma associação de Mühlheim, tem corrido mundo desde então.
O caçador, Fanz Stehle, cortou o bloco de gelo em que a raposa se encontrava, retirou-o do rio e colocou-o no pátio da sua quinta, como espantalho para advertir os caminhantes que se aventuram sobre o gelo, muitas vezes com consequências fatais.

Para já, a raposa congelada está em processo de descongelamento. Depois será levada ao veterinário da cidade vizinha de Orsingen, para que o cadáver seja eliminado.

Stehle explicou que a sua intenção, desde que detectou a raposa congelada dento do rio, foi retirá-la daí. A sua principal preocupação tinha que ver com um problema ambiental e de saúde pública: é que, quando viesse o degelo, o mais tardar na primavera, o cadáver da raposa a decompor-se no rio seria um factor poluente.

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A voga que alcançou a história nas redes sociais ocasionou o lançamento de um concurso de imagens para cientistas, biólogos ou simples aficionados da fotografia da natureza, para competir com as melhores imagens de cadáveres de animais, conservados por congelamento ou por outras vias.

O concurso, com o hashtag #bestcarcass ("O melhor cadáverr"), está a suscitar controvérsia entre as pessoas fascinadas pelas imagens e as que consideram cruel e chocante a sua divulgação.
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