Acidente escolar deixa família em dificuldades financeiras

por Patrícia Lopes, Nuno Miguel Fernandes

Em Vila Real, uma família vive há dois anos em dificuldades para pagar as despesas de saúde decorrentes de um acidente escolar que feriu gravemente uma aluna da escola pública.

Apesar de ser obrigatório por lei, o seguro escolar não cobriu todas as despesas relacionadas com o episódio.

Os pais da adolescente, agora com 14 anos, já gastaram perto de 10 mil euros em consultas, tratamentos, medicação e transportes.

Até hoje, o seguro escolar ressarciu-os apenas no valor de 500 euros. Tudo porque a lei não é clara e não prevê alternativas ao Serviço Nacional de Saúde, mesmo quando os serviços públicos de saúde não têm valências para cuidar as lesões em causa.

Foi este o azar de Helena. Um azar numa escola pública que lhe mudou a vida para sempre. Tem nesta altura uma incapacidade de 41 por cento, de acordo com uma perícia médico legal. Tem dificuldade em andar e em comer. Não pode praticar Educação Física. Deixou o Conservatório de Música que frequentava desde os 5 anos. Já não pode fazer aquilo que mais gosta - tocar flauta transversal.

"Eles deviam tentar ajudar-me, não estar contra mim, como se eu tivesse feito alguma coisa de mal".
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