O projeto "Conhecer a doença: os doentes em primeiro lugar" quer esclarecer dúvidas e combater a iliteracia dos doentes quando se fala de cancro.
A estratégia: Distribuir brochuras com uma linguagem acessível e educativa, capaz de desconstruir medos, mitos e termos médicos habitualmente incompreensíveis.
A notícia que ninguém quer dar, ou receber, "não deixa de existir e quase sempre os doentes querem saber mais do que os profissionais de saúde explicam", esclarece no Jornal 2 Paula Silva, da Unidade de Comunicação do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP).
Porque uns e outros nem sempre partilham a mesma linguagem, ou conhecem os limites e as necessidades dos outros, juntar ambos os lados da barricada para chegar a resultados é fundamental.
Os textos foram construídos com o objetivo de serem distribuídos a doentes com aqueles tipos de cancro. Foram aprovados pela Direção-Geral de Saúde (DGS), que os vai disponibilizar também na internet.
A estrutura das publicações é composta por uma série de temas de interesse para a realidade da doença oncológica: fatores de risco, sinais e sintomas, o diagnóstico, o relatório, com uma explicação dos termos médicos mais utilizados no exame anatomopatológico, e o tratamento.
Para além dos aspetos clínicos, as brochuras incluem narrativas das experiências de doentes com cancro e questões relativas aos direitos dos doentes oncológicos e contatos de instituições cuja atividade se desenvolve no domínio do cancro.
"Conhecer a doença: os doentes em primeiro lugar" é apresentado na próxima 4ªfeira às 17h30 no Ipatimup/i3S.