Rio pode desafiar Passos na liderança do PSD

por RTP

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

O antigo presidente da Câmara do Porto admitiu ser candidato à liderança do PSD. Rui Rio diz que se o partido não se impuser nas autárquicas tem de haver uma alternativa credível.

Numa entrevista à RTP 2, Rui Rio admite vir a disputar eleições para a liderança do PSD quando estas vierem a ser marcadas.

“Eu admito ser candidato, quando houver eleições. Se elas forem antecipadas, logo se vê, se não forem antecipadas serão em fevereiro ou março de 2018. E se o PSD não se conseguir impor e não for alternativa forte ao PS, particularmente a esta solução de esquerda que isso é pior que o PS, seria contra a história do próprio PSD e o partido estaria muito mal se não aparecesse uma alternativa credível no caso do Dr. Pedro Passos Coelho querer continuar”, afirmou.

Para o economista é “natural que se as coisas não estiverem a correr da melhor maneira ao PSD que haja uma alternativa”.

“E a alternativa poderá ser o Rui? Poderá”.

O antigo autarca garante que só não foi candidato, por duas vezes, no passado porque honra os seus compromissos até ao último minuto e o seu compromisso de então era o Porto.

“Queriam que eu fosse candidato à liderança do PSD duas vezes", revelou.
Queda do PSD nas sondagens
Rui Rio considera que o motivo pelo qual Pedro Passos Coelho e o PSD estão em queda nas sondagens se prende com o facto de “Passos Coelho ter sido primeiro-ministro no momento em que foi, nuns anos de grande apero, para lá de erros que possa ter cometido teve uma conjuntura altamente desfavorável”.

“E as pessoas quando imaginam que Pedro Passos Coelho possa voltar a ser primeiro-ministro reagem mal do ponto de vista emocional, porque lembram-se do tempo que foi”.

Para o antigo presidente da Câmara do Porto, “face ao passado recente de Pedro Passos Coelho é difícil conseguir-se impor com facilidade. Tem um caminho muito difícil”.
Rumo para Portugal

Em relação ao OE2017, Rui Rio afirma que “Não é o Orçamento do Estado por si só que consegue atrair investimento".

“Portugal tem de ter um rumo. E nós temos de saber o rumo que Portugal deve ter. não tenho dúvida nenhuma que o rumo de Portugal tem se ser reduzir o endividamento, e para isso tem de ter crescimento e para ter crescimento, tem de promover o investimento e as exportações e não apenas o consumo”, sublinhou.
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