Biblioteca Central de Macau vai custar 96 milhões de euros e disponibilizar meio milhão de livros

por Lusa

A nova Biblioteca Central de Macau deverá custar cerca de 900 milhões de patacas (96 milhões de euros) e disponibilizar um espólio físico de meio milhão de livros, disse hoje à Lusa fonte do Instituto Cultural (IC).

A fonte do IC garantiu que a nova biblioteca vai assumir-se como um "marco cultural de Macau", sendo uma resposta proporcional à procura da população.

Só entre janeiro e julho deste ano, as bibliotecas públicas do território registaram cerca de 1,63 milhões de visitantes, indicou a mesma fonte.

No mesmo período, foram emprestados quase 300 mil livros e materiais audiovisuais.

"Relativamente aos recursos da biblioteca, estima-se que a mesma terá um espólio de 500 mil livros físicos", afirmou a fonte, ressalvando que o desenvolvimento de obras e revistas digitais obrigarão a fazer, no futuro, uma redistribuição adequada dos recursos físicos e digitais.

Cerca de 80 mil documentos de Macau, 40 mil livros raros em chinês e em línguas ocidentais e 70 mil livros em português vão integrar o acervo das "coleções especiais" da biblioteca, referiu o IC.

Estima-se que a elaboração do projeto fique concluída em 2019 ou no início de 2020 e que o concurso público para o projeto de construção avance entre 2020 e 2021.

A Biblioteca Central de Macau terá, entre outras valências, espaços com funções de intercâmbio cultural, sala de visitas da cidade, memória urbana, exposições, estímulo à criatividade e lazer, distribuídos por 11 pisos e 33 mil metros quadrados.

Enquanto núcleo da rede de bibliotecas públicas de Macau, a Biblioteca Central vai assumir o papel de coordenação de recursos das bibliotecas públicas e "introduzir uma variedade de tecnologias aplicadas e novas ideias para prestar apoio às bibliotecas comunitárias".

Atualmente, existem 17 bibliotecas públicas sob a égide do IC, categorizadas como bibliotecas comunitárias pela dimensão, que se encontram distribuídas por cinco zonas da cidade.

O novo espaço da Biblioteca Central, que vai ocupar o edifício do antigo tribunal e a antiga sede da Polícia Judiciária, localiza-se no coração da cidade, do lado leste do centro histórico de Macau, "pelo que possui um profundo significado histórico e cultural".

Uma vez que o antigo tribunal está classificado como edifício de interesse arquitetónico, o Governo de Macau vai preservar integralmente a fachada, "bem como todos os elementos e traços distintos que tenham um estilo distinto e valor cultural".

O novo projeto vai procurar assegurar "um bom exemplo de integração e diálogo harmonioso entre a arquitetura histórica e moderna", sublinhou o Instituto Cultural.

 

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