Germano Almeida distinguido com Prémio Camões de 2018

por RTP
Germano Almeida, atualmente a viver no Mindelo, está entre os escritores mais lidos e traduzidos de Cabo Verde Facebook

O escritor cabo-verdiano Germano Almeida foi a escolha do júri da edição de 2018 do Prémio Camões. O anúncio coube esta segunda-feira ao ministro da Cultura.

Germano Almeida nasceu em 1945 na Ilha da Boavista. Vive atualmente no Mindelo. Assinou obras como A ilha fantástica, Os dois irmãos e O testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo. O fiel defunto é o título mais recente.

Formado em Direito na capital portuguesa, foi procurador da República de Cabo Verde. Enveredou pela literatura nos anos de 1980, quando ajudou a fundar a revista Ponto & Vírgula.

Ouvido pela RTP3, o escritor confessou que recebeu “com surpresa” a distinção. “Há tanta gente que também merece o prémio”, afirmou.

Germano Almeida considerou também “um grande motivo de orgulho” o facto de haver agora dois nomes de Cabo Verde distinguidos com o Prémio Camões - em 2009 o galardão foi atribuído ao poeta Arménio Vieira.

Entre os escritores mais lidos do seu arquipélago natal, Germano Almeida tem a sua obra literária traduzida em países como Itália, França, Alemanha, Suécia, Noruega e Dinamarca.

O júri da 30ª edição do Prémio Camões, que foi unânime na escolha de Germano Almeida, foi formado por Maria João Reynaud (Portugal), Manuel Frias Martins (Portugal), Leyla Perrone-Moisés (Brasil), José Luís Jobim (Brasil), Ana Paula Tavares(Angola) e José Luís Tavares (Cabo Verde).

Aquele que é considerado o maior prémio da Língua Portuguesa foi instituído em 1988 por Portugal e Brasil, tendo por objetivo distinguir um autor “cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum”.

O primeiro Prémio Camões foi atribuído em 1989 a Miguel Torga. No ano passado foi entregue a Manuel Alegre.


 
c/ Lusa
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