O escritor cabo-verdiano Germano Almeida foi a escolha do júri da edição de 2018 do Prémio Camões. O anúncio coube esta segunda-feira ao ministro da Cultura.
Formado em Direito na capital portuguesa, foi procurador da República de Cabo Verde. Enveredou pela literatura nos anos de 1980, quando ajudou a fundar a revista Ponto & Vírgula.
Ouvido pela RTP3, o escritor confessou que recebeu “com surpresa” a distinção. “Há tanta gente que também merece o prémio”, afirmou.
Germano Almeida considerou também “um grande motivo de orgulho” o facto de haver agora dois nomes de Cabo Verde distinguidos com o Prémio Camões - em 2009 o galardão foi atribuído ao poeta Arménio Vieira.
Entre os escritores mais lidos do seu arquipélago natal, Germano Almeida tem a sua obra literária traduzida em países como Itália, França, Alemanha, Suécia, Noruega e Dinamarca.
O júri da 30ª edição do Prémio Camões, que foi unânime na escolha de Germano Almeida, foi formado por Maria João Reynaud (Portugal), Manuel Frias Martins (Portugal), Leyla Perrone-Moisés (Brasil), José Luís Jobim (Brasil), Ana Paula Tavares(Angola) e José Luís Tavares (Cabo Verde).
Aquele que é considerado o maior prémio da Língua Portuguesa foi instituído em 1988 por Portugal e Brasil, tendo por objetivo distinguir um autor “cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum”.
O primeiro Prémio Camões foi atribuído em 1989 a Miguel Torga. No ano passado foi entregue a Manuel Alegre.
c/ Lusa