Maior circuito de caminhadas de sempre de Porto de Mós conta 21 histórias sobre o concelho

por Lusa

A maior edição de sempre do circuito pedestres Tok`andar vai contar 21 histórias sobre o concelho de Porto de Mós, num programa em que o município aposta para levar mais longe a cultura e património local.

Implantado no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, Porto de Mós lança em 08 de março a 16.ª edição do circuito de percursos pedestres, que pela primeira vez chega a todas as dez freguesias do concelho.

A Câmara Municipal espera atrair mais de dois mil participantes com esta proposta de 21 percursos que se destacam pela identidade própria e que cruzam mais de 200 quilómetros.

"Esta é uma forma importante de nos mostrarmos ao mundo. Quem vem cá ajuda a levar mais longe a nossa cultura e património", explica à agência Lusa o vice-presidente do município.

Eduardo Amaral considera que Porto de Mós tem "um potencial de paisagem natural que não existe" no país e os percursos pedestres são uma forma de o mostrar, seja revelando a cascata da Fórnea, as orquídeas que nascem espontaneamente na serra ou dando a provar as especialidades da gastronomia local.

"Procuramos contar 21 histórias diferentes, uma por cada um dos percursos, porque cada um tem a sua própria identidade, geografia e pessoas que os organizam. Depois de conhecerem estas nossas histórias, os turistas querem voltar para descobrir o território ou, até, para aqui se fixarem", diz o autarca.

Em 2019, o programa Tok`andar atraiu cerca de dois mil participantes, a maioria de fora do concelho. Mas também envolve muitos habitantes locais, que aproveitam as caminhadas para conhecerem outros destinos propostos pelas várias freguesias.

A elevada procura pelos passeios está a surpreender a Câmara de Porto de Mós, que procura criar regras para evitar a massificação.

"Este é já um projeto de sensibilização ambiental. Por outro lado, os grupos grandes têm de ser partidos para as pessoas poderem usufruir. Andarem 200 pessoas no percurso não é, de forma nenhuma, o nosso objetivo. Queremos grupos pequenos, para que as pessoas não saiam dos trilhos e não estraguem o que temos cá", realça Eduardo Amaral.

Organizados por 21 instituições de diferente natureza, os percursos Tok`andar ajudam também a dar vida ao tecido associativo.

"É uma forma de manter as nossas associações em atividade e revitalizar as que estavam paradas. As pessoas juntam-se e sentem orgulho da sua terra, que tentam promover da melhor maneira, através da gastronomia, da história, das lendas e das tradições", conclui Eduardo Amaral.

As caminhadas arrancam no dia 08 de março na Cabeça Veada, na freguesia do Mendiga, e decorrem todos os fins de semana, terminando em 28 de junho.

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