Prémio Vida Literária APE/CGD atribuído ao "poeta raro" Mário Cesariny

por Agência LUSA

O Prémio Vida Literária Associação Portuguesa de Escritores/Caixa Geral de Depósitos foi atribuído, por unanimidade, ao "poeta raro" Mário Cesariny de Vasconcelos, anunciou hoje a instituição.

Em comunicado, a direcção da associação, que foi constituída júri de acordo com o regulamento do prémio, justifica a escolha pelo "fulgor de um percurso artístico que, também na literatura, encontrou a expressão mais alta".

"Mário Cesariny é, na singularidade extrema da sua estética, um poeta raro. Celebrá-lo, por quanto doou à nossa comunidade de leitores através de gerações, assume, assim, a plenitude de uma homenagem livre e devida", acrescenta a APE.

Poeta e pintor, Mário Cesariny nasceu em 1923, e o seu trabalho foi inspirado nas concepções artísticas do movimento surrealista, vertente artística na qual se destacou sobretudo a partir dos anos 1940.

As suas obras principais são "Corpo Visível" (1950), "Louvor e a Simplificação de Álvaro de Campos" (1953), "Manual de Prestidigitação" (1956), "Pena Capital" (1957), "Nobilíssima Visão" (1959), "Planisfério e Outros Poemas" (1961), "Burlescas, Teóricas e Sentimentais" (1972).

O Prémio Vida Literária APE/CGD distinguiu em anos anteriores Miguel Torga, José Saramago, Sophia de Mello Breyner Andresen, Óscar Lopes, José Cardoso Pires, Eugénio de Andrade e Urbano Tavares Rodrigues.

Patrocinado pela CGD, o galardão tem este ano o valor de 25.000 euros, e será entregue em data e local ainda a anunciar pela APE.

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