Squid Game torna-se na série mas vista de sempre no Netflix

por Carla Quirino - RTP
Kim Hong-Ji - Reuters

Estreada há três semanas, o Jogo da Lula já estendeu tentáculos por todo mundo, tornando-se no "maior lançamento de sempre" da empresa distribuidora de conteúdos televisivos Netflix. A série sul coreana já foi vista por 111 milhões de contas e é a número um em 94 países na tabela Top 10 daquele canal.

É o retrato da natureza humana levada ao extremo. A sobrevivência pela competição, ambição e dinheiro, e onde os ricos se divertem à custa do desespero dos outros.

Visualmente atrativa, com a cultura pop coreana a colar os ingredientes, Squid Game ultrapassou todos os sucessos lançados na plataforma.

A contabilidade do canal diz que 111 milhões de contas acederam à serie ultrapassando o sucesso de Bridgerton, que em 28 dias atingiu 82 milhões . Os números são fornecidos pela Netflix e não foram verificados por fonte externa.

A popularidade de Squid Game, trazida a público pela própria empresa, atraiu ainda mais assinantes, o que torna a plataforma cada vez mais gigante no meio de distribuição digital de conteúdos. A Netflix alcançou cerca de 209 milhões de clientes.

"Quando começamos a investir em séries e filmes coreanos em 2015 sabíamos que queríamos fazer histórias de nivel mundial para os principais fãs de conteúdo K na Ásia e no mundo", disse Minyoung Kim, vice-presidente de conteúdos da Netflix para Ásia-Pacífico, excluindo a Índia.

"Hoje, o Squid Game ultrapassou os nossos sonhos mais loucos. Deu [à Netflix] mais confiança de que nossa estratégia global está na direção certa", acrescentou Kim à CNN.

Dentro do balão transparente, revelado na série, está a soma de mais de 32 milhões de euros prometida ao vencedor de Squid Game. Mas depois do jogo tipo Macaquinho do Chinês, os participantes descobrem que é a própria vida que está em campo.

Hwang Dong-hyuk é o criador da produção coreana e teve a ideia da série quando precisou de vender o portátil para sobreviver como escritor.

Ao The Wall Street Journal, Dong-hyuk disse ter concluído o guião em 2009, mas o conceito demasiado estranho e violento afastou investidores.

Há dois anos a Netflix interessou-se pelo argumento por retratar a sociedade real. O autor resgata o tema atual da distribuição desigual das vacinas anti-Covid para relembrar que a sobrevivência de uns depende da morte de outros.

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