Catarina Martins quer investimento na educação e nos hospitais "agora"

por Lusa

Santarém, 22 mai (Lusa) -- A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) defendeu hoje, em Santarém, que o investimento nas escolas e nos hospitais não tem que esperar pelo Orçamento do Estado para 2018, deve "aproveitar a folga" e "começar agora".

Catarina Martins afirmou que as escolas "têm que ter um próximo ano letivo melhor" do que o atual, pelo que o investimento tem que começar já a ser feito, lembrando que há professores "contratados há décadas" e que são poucos para os alunos, já que as turmas têm alunos a mais.

"Façamos agora o investimento na educação, aproveitemos a folga para responder ao que é preciso", declarou pouco antes da apresentação dos candidatos do BE aos órgãos autárquicos de Santarém nas eleições de 01 de outubro.

Catarina Martins referiu ainda os 800 milhões de euros de investimento em equipamentos necessários no setor da saúde e que tem obrigado a "contratualizar tanta coisa no privado e a perder tanto dinheiro público a financiar hospitais privados".

"Aproveitemos. Façamos o investimento na saúde que dá direitos a todas as pessoas e que ao mesmo tempo protege as contas públicas da ganância da saúde privada", acrescentou.

Questionada se o historial de saídas e entradas do PDE não pede alguma prudência nas exigências ao Governo, a líder bloquista afirmou que o país não pode reagir "com medo de papões europeus".

"A forma do país reagir é pensando na economia, nas pessoas que aqui trabalham, que aqui vivem e no que é preciso fazer", afirmou, considerando ter ficado "provado" que quando se melhoram os salários, o emprego, os serviços públicos, o país também melhora.

"Quando ficamos à espera de ordens absurdas da União Europeia, ou à espera de papões, o país piora. Essa é a escolha que tem que ser feita", disse.

Por isso, reafirmou, o Orçamento do Estado para 2018 deve "aprofundar a recuperação dos rendimentos de quem vive do seu trabalho" e deve ter "mais justiça fiscal", porque "há tanta riqueza que não paga a sua parte enquanto quem trabalha tem que pagar tanto".

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