Lisboa, 23 Jan (Lusa) - A CentroSolar, que desenvolve em Vila do Conde uma fábrica de produção de células solares em parceria com a Qimonda Solar, disse hoje manter a confiança no projecto e que está a negociar com bancos ficar sozinha com o projecto.
O grupo alemão nota que "as agências governamentais portuguesas consideraram o Itarion como um projecto de interesse nacional" e que "o núcleo da equipa de gestão, bem como os peritos na tecnologia estão dispostos a ficar na empresa".
De acordo com um comunicado da Centrosolar Group AG, a joint-venture Itarion Solar Lda com a Qimonda Solar GmbH não foi até agora afectada pelo pedido de insolvência apresentado com a casa-mãe, a Qimonda AG.
Por isso mesmo, a "Centrosolar está confiante de que as operações do Itarion" - actualmente em fase de instalação - "vão continuar".
Por outro lado, caso a Qimonda Solar entre em insolvência na sequência do pedido da casa-mãe, a Centrosolar garante estar "preparada para continuar as operações do Itarion sozinha".
"A Centrosolar está em negociações com os bancos que financiam o Itarion com vista a continuar com o negócio como único dono", avançou a empresa no comunicado, ressalvando que, "no entanto, o objectivo é o de gerir o Itarion com outro parceiro tecnológico".
"Em acordo com a Qimonda Solar, a Centrosolar está a planear convidar outras companhias de semicondutores e [área] solar para se tornarem parceiros no Itarion".
Em Maio, no momento em que o investimento foi anunciado, o projecto foi orçado em 70 milhões de euros, prevendo a criação de uma nova empresa em Vila do Conde detida a 51 por cento pela Qimonda e em 49 por cento pela CentroSolar.
A nova unidade fabril, que teria capacidade para produzir em Vila do Conde até 30 milhões de células solares por ano e empregaria 150 pessoas, continua em construção e deverá dar início à produção na segunda metade deste ano.
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