Comércios das aldeias podem "beneficiar um bocadinho", defende Associação Empresarial do Sabugal

por Lusa
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A ADES - Associação Empresarial do Sabugal, no distrito da Guarda, admitiu hoje que o pequeno comércio existente nas aldeias da região pode estar a "beneficiar um bocadinho" com a pandemia causada pela covid-19.

O coordenador da ADES, Jorge Esteves, disse hoje à agência Lusa que as mercearias e os minimercados estão a ter um aumento na procura, numa altura em que as pessoas das aldeias, "não podendo sair de casa", fazem compras nos estabelecimentos que estão mais próximos.

Apesar de não ter dados concretos sobre a situação, o responsável admite que "o comércio local das freguesias poderá beneficiar um bocadinho" com a atual situação.

"Em termos gerais, pelo menos as pessoas que, se calhar, já há muito tempo que não entravam no minimercado, agora até precisam de qualquer coisa e vão lá comprar", justificou.

Na atual situação de crise causada pela pandemia da covid-19, a ADES disponibiliza à comunidade empresarial um Gabinete de Apoio ao Empresário, de forma não presencial, sustentado nas tecnologias de comunicação (telefone, videochamada e `email`), mas que "pretende manter e reforçar no período pós pandemia covid-19".

O Gabinete de Apoio ao Empresário, que já estava em funcionamento na ADES, destina-se a apoiar empresários e empreendedores, mas também outras entidades associadas, como Juntas de Freguesia, instituições particulares de solidariedade social, produtores locais e artesãos, entre outros.

A ADES possui cerca de 350 associados do concelho do Sabugal, no distrito da Guarda, localizado junto da fronteira com Espanha, e de municípios limítrofes.

O coordenador da associação disse à Lusa que tem recebido muitos contactos de associados que colocam questões sobre as medidas de apoio criadas pelo Governo no âmbito da pandemia da covid-19.

"Vai havendo sempre dúvidas e temos que ir sanando, ir estudando e verificando e apoiando as empresas da melhor maneira possível", declarou Jorge Esteves.

No entanto, apesar das dúvidas que têm surgido e das dificuldades sentidas pelas empresas associadas, o responsável diz que ainda é prematuro avançar com cenários sobre o futuro do setor empresarial e comercial na área abrangida pela ADES.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 87 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).

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