A economia da China expandiu-se a um ritmo anual de 5% em 2024, em linha com a meta definida por Pequim, refletindo o valor recorde de exportações e a recente adoção de medidas de estímulo.
Em comparação com o trimestre anterior, a segunda maior economia mundial cresceu 5,4% entre outubro e dezembro, segundo os dados oficiais hoje divulgados.
As exportações aceleraram à medida que os importadores se apressaram a realizar as suas encomendas, para evitar potenciais aumentos das taxas alfandegárias nos Estados Unidos, após o presidente eleito, Donald Trump, tomar posse.
O montante das exportações ultrapassou, pela primeira vez, os 25 mil milhões de yuan (3.300 mil milhões de euros), um aumento de 7,1%, em relação ao ano anterior, anunciou esta semana o Conselho de Estado chinês (Executivo).
"A economia nacional manteve-se estável, com progresso constante, e novas conquistas foram feitas no desenvolvimento de alta qualidade", de acordo com o relatório difundido hoje pelo Gabinete Nacional de Estatística.
"Em particular, com um pacote de políticas incrementais a ser implementado atempadamente, a confiança social foi efetivamente reforçada e a economia recuperou de forma notável", afirmou.
A indústria transformadora foi um forte motor de crescimento no ano passado, com a produção industrial a aumentar 5,8% em relação ao ano anterior. O total das vendas a retalho de bens de consumo cresceu 3,5%, em termos homólogos.
A segunda maior economia do mundo tem-se debatido com um consumo interno débil e pressões deflacionárias, refletindo uma prolongada crise no setor imobiliário, outrora um dos principais motores da atividade económica.
Alguns economistas afirmam que a economia está a crescer a um ritmo mais lento do que o indicado nas estimativas oficiais.