Greve na CP suprimiu 59 comboios até às 8h00

por Lusa
Fernando Nobre - RTP

A CP suprimiu 59 comboios dos 253 programados entre as 0h00 e as 8h00 de hoje devido à greve dos maquinistas da transportadora, segundo um balanço enviado pela empresa à Lusa.

Dos 253 comboios programados entre as 0h00 e as 8h00 foram realizados 194 e suprimidos 59.

A CP - Comboios de Portugal indica que estavam previstos 67 comboios regionais, mas não se fizeram 24 ligações, tendo sido realizadas 43.

Quanto aos urbanos de Lisboa, estavam previstos 113, foram suprimidos 23 e efetuados 90.

Nos urbanos do Porto, estavam programados para aquele período 54, foram realizados 47 e suprimidos sete.

No que diz respeito aos comboios de longo curso, estavam previstos 11, foi suprimido um e realizados 10.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) contra a última proposta de aumentos salariais de 51 euros, que representa uma progressão média na carreira de 3,89%, que a estrutura sindical considera "claramente inaceitáveis".

Os trabalhadores iniciaram a greve à prestação de todo e qualquer trabalho das categorias representadas pelo SMAQ, desde as últimas horas de quinta-feira e até às primeiras horas de sábado.

Desde as 0h00 de sábado e até às 23h59 da próxima sexta-feira (dia 17), os trabalhadores cumprem uma "greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a sete horas e 30 minutos, para as categorias Maquinista ou Maquinista Técnico".

Segundo o sindicato, desde as 0h00 de sábado e até às 23h59 de sexta-feira, fazem "greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diário que impliquem entradas e/ou saídas na sede entre as 0h00 e as 6h00, para as de Maquinista ou Maquinista Técnico", e, entre as 0h00 de terça-feira e as 23h59 de sexta-feira, "greve a todos os períodos normais de trabalho que tenham a duração prevista superior a seis horas, para as categorias Inspetor de Tração ou Inspetor Chefe de Tração".

O tribunal arbitral decretou serviços mínimos de cerca de 30% a nível nacional, bem como no que seja necessário à segurança e manutenção do equipamento e instalações e de serviços de emergência e comboios de socorro.

Em fevereiro, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram à supressão de centenas de comboios por dia.

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