Grupo de transportes de passageiros Arriva entra em `lay-off`

por Lusa

Redação, 08 abr 2020 (Lusa) -- O grupo de transportes de passageiros Arriva vai colocar em `lay-off` 68% dos seus 1.500 colaboradores em Portugal, a partir de quinta-feira, devido à pandemia da covid-19, foi hoje anunciado.

"Todas as empresas da Arriva Portugal entrarão amanhã [quinta-feira] no regime de `lay-off` simplificado, medida que impactará nos serviços que diariamente disponibilizamos", disse Rita Lourenço, diretora comercial da empresa, à agência Lusa.

Segundo a empresa, "o recurso ao `lay-off`, bem como os ajustes na oferta dos serviços são algumas das medidas tomadas no sentido de minimizar os efeitos desastrosos que a atual situação está a causar".

A Arriva Portugal, que opera em vários concelhos do Norte, em Lisboa e na margem sul do Tejo, está, segundo Rita Lourenço, "bastante apreensiva" com a ausência de linhas de crédito específicas para o setor dos transportes públicos.

"A ausência, até ao momento, de linhas de crédito específicas para o setor dos transportes, que permitam dar resposta aos problemas de tesouraria com que nos deparamos, deixa-nos bastante apreensivos, uma vez que necessitamos de cumprir com as nossas obrigações, nomeadamente o pagamento de salários", explicou.

A Arriva Portugal opera através da Arriva Transportes nos concelhos de Guimarães, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Braga, Barcelos, Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Maia, Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Porto, e com a Transportes Sul do Tejo (TST) nos concelhos de Almada, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Palmela, Barreiro, Moita, Montijo, Alcochete e Lisboa.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

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