NOS pretende ter "uma posição de liderança" apesar das "dificuldades regulatórias"

por Lusa

O presidente executivo da operadora de telecomunicações NOS, Miguel Almeida, afirma que a operadora pretende ter "uma posição de liderança" no 5G, "focada numa abrangente implementação" e "apesar de todas as dificuldades regulatórias".

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a NOS adianta que "o resultado líquido consolidado [no primeiro trimestre deste ano] situou-se em 30,5 milhões de euros face aos 10,4 milhões negativos registados um ano antes".

"Durante mais um período de confinamento, as nossas pessoas foram capazes de entregar resultados robustos, que se traduzem num forte crescimento nos serviços de telecomunicações, em simultâneo com a entrega de um serviço de excelência", refere Miguel Almeida, citado em comunicado.

"Mantivemos o esforço de investimento no desenvolvimento de redes fixas de nova geração, reforçando a nossa presença em cada vez mais localidades, de norte a sul do país" e "continuamos focados em melhorar e otimizar a nossa rede móvel", ao mesmo tempo que "continuamos a preparar a nossa infraestrutura para a implementação" da quinta geração (5G), acrescentou.

"Apesar de todas as dificuldades regulatórias que se têm enfrentado em Portugal, o 5G é uma tecnologia disruptiva, na qual a NOS pretende ter uma posição de liderança, focada numa abrangente implementação e na superação contínua das expectativas dos nossos clientes, que constituem o centro da nossa atividade", sublinhou Miguel Almeida.

O leilão do 5G está a decorrer, atingindo hoje o 83.º dia de licitação principal, depois de na segunda-feira as propostas dos operadores terem totalizado 296,9 milhões de euros.

"Ainda sem podermos levar este mundo novo às famílias e às empresas, temos criado oportunidades para testar a tecnologia e desenvolvido parcerias importantes, que nos permitem, desde já, mostrar aos nossos clientes como será o futuro das comunicações móveis", salienta o gestor.

"Movidos por uma enorme vontade de futuro, inovámos com a entrega de serviços relevantes, como a auto-instalação de televisão e internet, ou o lançamento da linha de equipamentos recondicionados, que, integrados numa perspetiva de economia circular, são uma opção mais sustentável", prossegue Miguel Almeida, que no âmbito do cumprimento dos objetivos do desenvolvimento sustentável destaca que, no primeiro trimestre, "além de renovar o compromisso com os princípios do Global Compact, a NOS reforçou a parceria com a União das Misericórdias, colocando a inovação tecnológica ao serviço das pessoas mais vulneráveis" da sociedade.

Em março, "a NOS foi o único membro fundador português do European Green Digital Coalition, que agrega outras empresas de telecomunicações e IT com posições de liderança, que partilham o objetivo de reduzir as emissões de carbono em 75% até 2030 e atingir a neutralidade carbónica em 2040, contribuindo para limitar o aquecimento global a 1,5ºC".

Neste mês, "anunciámos um acordo com a EDP para compra de eletricidade renovável a longo prazo", salienta Miguel Almeida referindo que "este acordo pressupõe a construção de um novo parque eólico e o fornecimento de 62 GWh anuais de eletricidade verde, o que vai permitir à NOS ter mais de 40% da sua operação alimentada por energia verde já em 2023".

"Um passo importante na implementação da estratégia de sustentabilidade da NOS, que dá resposta a um dos grandes desafios ambientais que enfrentamos", conclui o gestor.

Nos primeiros três meses do ano, "as receitas de telecomunicações, apesar dos efeitos da pandemia sobre as receitas de `roaming`, registaram um crescimento de 0,8% face ao período homólogo, atingindo 335,7 milhões de euros".

Já as receitas consolidadas, "não comparáveis com as do período homólogo de 2020 devido ao encerramento dos cinemas e ao impacto verificado com o confinamento neste trimestre, registaram um decréscimo de 2,3% para 337,4 milhões de euros", refere a NOS.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) consolidado recuou 0,4% para 152,2 milhões de euros.

No que respeita ao EBITDA das telecomunicações, este subiu 1,2 para 143,5 milhões de euros.

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