RTP e Águas de Portugal para vender até final de 2012

por RTP
O programa de privatizações acertado com a missão de resgate financeiro deverá render cinco mil milhões de euros RTP

O Governo espera conseguir privatizar o primeiro canal da RTP e a empresa Águas de Portugal até ao fim do próximo ano, revela o relatório preliminar da segunda avaliação do cumprimento do pacote de resgate financeiro conduzida pela troika. No documento, que foi obtido pela agência Bloomberg, é referido que a privatização da TAP deve ser concretizada até ao termo de 2011, caso “as condições de mercado” o permitam.

O Executivo de Pedro Passos Coelho havia já indicado que tencionava alienar o primeiro canal da Rádio e Televisão de Portugal, assim como a holding do Estado para o setor das águas. Mas não detalhou datas. O calendário aparece agora inscrito num relatório preliminar da troika do Fundo Monetário Internacional, da União Europeia e do Banco Central Europeu: os processos de privatização da RTP e da Águas de Portugal são para concretizar até final de 2012.Cinco mil milhões de euros

O programa de privatizações, que deverá significar um encaixe de cinco mil milhões de euros para os cofres do Estado, faz parte das contrapartidas de viabilização do empréstimo de 78 mil milhões de euros suportado pelo FMI e pela União Europeia.

Na área dos transportes, o plano passa pela alienação da ANA, da TAP e da CP Carga. No setor da energia, prevê-se a privatização da Galp, da EDP e da REN.

O programa enquadra ainda privatizações nos setores das infraestruturas (Águas de Portugal), comunicações (CTT e RTP) e financeiro (ramo de seguros da Caixa Geral de Depósitos).


Quanto à TAP, a venda é para avançar até ao termo deste ano. Isto se “as condições de mercado permitirem”. No decurso do terceiro trimestre, segundo indicou o primeiro-ministro, o Governo tenciona levar por diante a alienação das participações do Estado na REN (51 por cento) e na EDP (25 por cento).

Assinado na antecâmara das eleições legislativas de 5 de junho, o acordo com a troika estabelecia que o Governo português trataria de “acelerar o seu programa de privatizações”.

O Memorando de Entendimento negociado pela anterior equipa do Ministério das Finanças referenciava sete empresas para privatização – ANA-Aeroportos de Portugal, TAP, CP Carga, EDP, CTT-Correios de Portugal, Galp e o ramo segurador da Caixa Geral de Depósitos.

O mesmo documento indicava que o Governo iria “identificar duas outras grandes empresas para privatizar no final de 2012”.

Contactado pela Antena 1, o Ministério das Finanças escusou-se a comentar a notícia avançada pela agência Bloomberg.
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