Sem 80 euros no bolso, Ventura sai de Vila Real convicto de campanha "abençoada"

por Teresa Borges - Antena 1

Foto: Teresa Borges - Antena 1

O Chega começou o sétimo dia de campanha em terras transmontanas. Em Vila Real, sob a ameaça constante de chuva, André Ventura participou numa curta arruada pelo centro da cidade, convicto de que as gotas que chegaram a cair são sinal de uma "campanha abençoada".

A cabeça de lista do partido em Vila Real, Manuela Tender, acompanhou o “bom prenúncio”. “Vamos ter um excelente resultado”, apontou, num distrito em que o Chega elegeu 1 deputado nas eleições de 2024. “Vamos eleger dois[deputados], acho que é possível e acho que vamos conseguir”, insistiu a atual deputada do Chega, no final de uma breve arruada acompanhada por agentes da PSP.

Pelo quarto dia consecutivo, a campanha do Chega foi palco de um pequeno protesto da comunidade cigana. Desta vez apenas um homem, munido de megafone, que, pegando num dos slogans do partido, pediu “uma oportunidade” para esta comunidade. Ao contrário do que tem sido hábito, André Ventura não respondeu diretamente à manifestação, mas, questionado pelos jornalistas poucos minutos depois, afirmou ser alvo de “ameaças de morte”, recusando, no entanto, “mudar um milímetro a campanha” ou reforçar a sua segurança privada.

Acalmados os ânimos, o presidente do Chega visitou o Mercado Municipal de Vila Real. Entre bancas de fruta, peixe e uma variedade de lojas, uma ilustração da Câmara Municipal chamou-lhe a atenção, mas, sem “80 euros” no bolso, acabou por sair do mercado de mãos vazias.

Na breve paragem por Vila Real, o líder do Chega criticou o estado da saúde no país e no distrito, embalado por mais um fim-de-semana com urgências encerradas, mas sem fazer referência à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, cabeça de lista do PSD/ CDS por Vila Real.

Sobre as críticas de Luís Montenegro, que acusou dirigentes do Chega de espalharem desinformação, André Ventura considerou-as “curiosas”, acrescentando que vêm de um "primeiro-ministro que mais não tem feito do que desinformar os portugueses sobre a obra que fez".
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