PNR avança contra vinda de refugiados: "se fosse primeiro-ministro não recebia estas pessoas"

por RTP

Em defesa de uma solução nacionalista, por um Estado forte e contra a vinda de refugiados para Portugal. É com estes princípios que o Partido Nacional Renovador se apresenta às eleições legislativas. Vítor Ramalho respondeu às questões de João Fernando Ramos, no fim do ciclo de entrevistas aos representantes dos partidos sem assento parlamentar.

A crise dos refugiados foi o mote para dar início à última entrevista da Página 2 aos partidos sem assento parlamentar. O Partido Nacional Renovador apresenta-se contra a vinda de refugiados para Portugal.

Vítor Ramalho explicou a João Fernando Ramos que os refugiados devem ficar na Europa “o tempo necessário para serem alimentados, tratados e depois devem ir para os países deles”.

“A Europa não consegue aguentar um êxodo tão grande”, frisa o representante do partido de extrema-direita, que teme repercussões no emprego, economia e segurança-social.“são homens em idade de poderem trabalhar e, se calhar, de combater nos próprios países e resolverem aquela situação”.

O PNR admite, no entanto, que a Europa é “coprodutora deste problema”, por ter “apoiado as políticas suicidas nesta zona do globo”. O PNR denuncia, nomeadamente, o apoio à primavera árabe e à luta contra o regime sírio.

“As primaveras árabes fizeram com que se tirasse do poder, em alguns países, políticos que (…) não eram muito corretos mas que tinham uma política que não nos afrontavam. Agora, fizemos com que ficasse o pior do que existe naquela religião”, afirma Vítor Ramalho, em entrevista ao Página 2.

O Partido Nacional Renovador acredita que a esmagadora maioria dos migrantes “são homens em idade de poderem trabalhar e, se calhar, de combater nos próprios países e resolverem aquela situação”. O PNR acredita também que o autoproclamado Estado Islâmico está a infiltrar guerrilheiros no meio dos refugiados.

“Não temos nenhuma máquina que nos permita dizer quais são os bons e quais são os maus”, explicita.

O PNR defende que é preciso cuidar das pessoas nos campos de refugiados mas refuta a sua distribuição pela Europa. “Se fosse primeiro-ministro de Portugal não recebia refugiados”, afirma Vítor Ramalho.
Ataque à saúde

O PNR defende que o atual sistema de saúde é “perfeito”, lamentando o encerramento de centros de saúde e urgências. Vítor Ramalho considera que o sistema deve ser “tendencialmente gratuito”, com isenção para os mais necessitados e taxas de acordo com os rendimentos.“Quem tem seguro tem saúde, quem não tem seguro, se calhar, morre à porta do hospital”

“Um sistema de saúde nunca vai dar lucro, tem de ser pago com os nossos impostos”, assegura. Ramalho lamenta o "ataque" ao sistema e a sua entrega aos privados, no que diz ser um cópia do sistema norte-americano.

“Quem tem seguro tem saúde, quem não tem seguro, se calhar, morre à porta do hospital”, lamenta.

O PNR defende que os principais setores da economia estejam na mão do Estado, mas admite que alguns possam estar sob alçada dos privados.

Com a entrevista a Vítor Ramalho, chega ao fim o ciclo de conversas com representantes dos partidos sem assento parlamentar. Todas as entrevistas podem ser revistas aqui.
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