Rui Rio à Antena1: Será mau para o país se André Ventura tiver uma votação expressiva nas presidenciais

por Antena1

Rui Rio considera que "será mau para o país" se André Ventura tiver uma votação "grande e expressiva" nas eleições presidenciais porque "o discurso que ele tem feito é um discurso que não gostaria que fosse fortemente premiado em eleições".

Em entrevista à Antena 1, o presidente do PSD considerou ainda que o PS "é o perdedor" antecipado por não ter um candidato próprio nem apoiar nenhum dos candidatos já conhecidos.

Rui Rio voltou a criticar o dinheiro público que já foi colocado pelo atual Governo no Novo Banco e na TAP, calculando que daria para construir "16 hospitais centrais ou mais de 2.000 centros de saúde", e classificou como "um desaforo" os aumentos de vencimentos dos administradores da transportadora aérea. Para o presidente do PSD "o país não precisa de uma empresa que tem permanentes prejuízos ao longo da sua história e sobretudo com despesas de pessoal brutais".

Sobre a possibilidade de uma crise política que conduza a legislativas antecipadas no próximo ano, Rio considerou-a "baixíssima", embora admitindo que em outubro do próximo ano haverá uma "situação aguda" de tensão para o Governo, porque se junta o momento de negociação do Orçamento com as autárquicas.
"Se tiver um problema em outubro, aí pode originar uma crise, mas eleição é em 2022 e não em 2021", afirmou.

Para o próximo ano, Rio manifestou o desejo de que Portugal possa ultrapassar a situação de pandemia e "relançar-se economicamente" e reiterou que o PSD continuará a votar favoravelmente a renovação dos estados de emergência, corresponsabilizando-se por essa decisão. No entanto, o líder do PSD criticou a gestão do Governo na segunda fase da pandemia, lamentando que continue a haver "resistência" a acordos com os privados, e apontando "falta de planeamento" para os doentes não covid: "Politicamente, responsabilizo o Governo, o primeiro-ministro é chefe do Governo. Na gestão em concreto, é o Ministério da Saúde que não teve capacidade de planeamento dos hospitais e centros de saúde para satisfazer os cidadãos", referiu.

Entrevista à editora de política da Antena1, Natália Carvalho.
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