"Abril é mais do que história, Abril é mais do que memória, Abril é vitória. ", diz Pedro Nuno Santos

por RTP

O líder do PS começou por saudar o Movimento das Forças Armadas e explicou que um regime fascista, “assente numa elite” acabou devido à força de um movimento de capitães.

“Com Abril não conquistámos apenas o direito de votar ou dizer o que pensamos sem medo. Com Abril os portugueses agarraram-se a uma ideia de país, de comunidade democrática, de povo, de prosperidade e de futuro”.

Pedro Nuno Santos lembrou que Portugal quis construir uma democracia plena e uma democracia económica e uma comunidade de liberdade para toda a população. “Abril é mais do que história, Abril é mais do que memória, Abril é vitória”.

“A concretização dos sonhos de Abril é um trabalho imperfeito e ainda inacabado mas os portugueses venceram”.

O líder do PS lembrou depois a criação do Serviço Nacional de Saúde e que permitiu a Portugal ter níveis de saúde ao nível dos países mais ricos. Lembrou também a escola pública pelos níveis de qualificação que muitos portugueses têm hoje.

Pedro Nuno Santos diz que o populismo não vai resolver problemas e que não consegue ser duro “com os fortes” e que se alimenta da angústia do povo devido a rápidas mudanças e relembrou que os portugueses são emigrantes.

“Hoje somos também um país de imigração. Há duas formas muito distintas de lidar com esta realidade. E nenhuma delas tem que ver com um slogan vazio das portas fechadas.”

O líder do PS lembrou que os portugueses conquistaram o direito à liberdade, a amarem quem quiserem e de não terem vergonha do que são.

“As mulheres emanciparam-se, libertaram-se e passaram a não ter de pedir licença para procurarem a sua felicidade. A partilha do poder e o fim da hegemonia do homem gera resistência e há quem na direita radical a promova e a explore mas já não há recuo possível. As mulheres em Portugal conquistaram o direito a perseguir os seus sonhos”.

Pedro Nuno Santos criticou as tentativas de retrocesso e afirmou que a memória viva deve reconhecer o que ainda falta fazer e que tenha um “pé no passado” e declarou que o 25 de Abril é o dia inicial e que “não há outro igual”.


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