Zelensky reúne-se mais logo com Donald Trump na Florida

O encontro de Volodymyr Zelensky com Donald Trump em Mar-a-Lago está marcado para as oito da noite, hora de Lisboa.

RTP /
Foto: Jonathan Ernst - Reuters

A reunião entre os presidentes ucraniano e norte-americano deverá culminar com uma conferência de imprensa três horas depois, cerca das 11 da noite.

Este sábado, o presidente ucraniano falou com vários líderes europeus para preparar este encontro.

Já no Canadá, Zelensky encontrou-se presencialmente com o primeiro-ministro, Mark Carney, de quem recebeu o apoio. Na rede social X, Zelensky deu nota que foram analisadas as prioridades do encontro de hoje.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu que a Europa concorda com todos os esforços que conduzam ao objetivo comum: uma paz justa e duradoura na Ucrânia.
Nova versão do plano de paz

Volodymyr Zelensky e Donald Trump vão discutir uma nova versão do plano proposto por Washington há um mês. Esta nova versão propõe o congelamento das linhas da frente nas posições atuais, sem oferecer uma solução imediata para as reivindicações territoriais da Rússia, dado que a Rússia controla aproximadamente 19% da Ucrânia.

O novo documento abandona duas exigências-chave do Kremlin: a retirada das tropas ucranianas da região de Donetsk e um compromisso juridicamente vinculativo da Ucrânia de não aderir à NATO.

Os países europeus, o Canadá, a UE e a NATO asseguraram a Zelensky "o seu total apoio" antes das discussões de hoje, sublinhou o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros.

Também António Costa, presidente do Conselho Europeu, prometeu que a Europa "não irá vacilar" no seu apoio à Ucrânia.

Os recentes ataques russos contra Kiev mostram que a Rússia "não quer acabar com a guerra", declarava ontem Volodymyr Zelensky.

Durante a videoconferência entre o presidente ucraniano e os líderes europeus, o presidente francês, Emmanuel Macron, sublinhou que os ataques ilustravam "o contraste entre a vontade da Ucrânia de construir uma paz duradoura e a determinação da Rússia em prolongar a guerra que começou há quase quatro anos".

Entretanto, o presidente russo, Vladimir Putin, já disse que se Kiev não quiser resolver o conflito de forma pacífica, a Rússia alcançará os objetivos da sua "operação militar especial" pela força.
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