16 aviões com partida de Portugal abasteceram-se em Sevilha

por RTP
Reuters

Pelo menos 16 voos com saída dos aeroportos de Lisboa e de Faro aterraram hoje no aeródromo de Sevilha San Pablo para abastecer devido à falta de combustível em várias instalações aeroportuárias portuguesas, foi anunciado.

Segundo a Efe, que cita fontes da Aena (gestora de aeroportos) de Sevilha, hoje está previsto que outros oito aviões com partida em aeroportos de Portugal aterrem em Sevilha para se abastecerem devido à greve dos transportadores de matérias perigosas, que começou na segunda-feira.

As mesmas fontes da Aena de Sevilha referiram que a aterragem, abastecimento e posterior descolagem destes aviões se está a realizar com normalidade e sem grandes efeitos no funcionamento do aeroporto de San Pablo.

 


Ao final da manhã desta quarta-feira, a ANA Aeroportos emitiu um comunicado em quediz que o abastecimento de combustíveis foi retomado, mas ainda "aquém das necessidades diárias habituais".

"A ANA encontra-se, em conjunto com as companhias aéreas e handlers, a trabalhar no plano de recuperação com vista à normalização do abastecimento e da operação aeroportuária. As companhias aéreas mantêm ativos os seus planos de contingência e os passageiros devem informar-se junto das mesmas sobre eventuais impactes", adianta o comunicado emitido pela empresa.

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil, e que já há marcas "praticamente" com a rede esgotada.

O primeiro-ministro admitiu alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está "inteiramente assegurado" para aeroportos, forças de segurança e emergência.

Na terça-feira, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos decretados, o Governo avançou com a requisição civil, definindo que até quinta-feira os trabalhadores a requisitar devem corresponder "aos que se disponibilizem para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço".

No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a "situação de alerta" devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, foram definidos os serviços mínimos.

A greve dos motoristas de matérias perigosas decorre por tempo indeterminado.

Militares da GNR estão de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível possam abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.

 

c/Lusa

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