António Costa acusa regime de Lukashenko de ter ultrapassado todas as linhas vermelhas

por Lusa
António Cotrim - Lusa

O primeiro-ministro português considerou hoje que o regime do Presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, "ultrapassou todas as linhas vermelhas" ao desviar um avião civil para deter oposicionistas e salientou a condenação deste caso por parte da União Europeia.

António Costa falava numa conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, em São Bento, antes de os dois se deslocarem a Oeiras para a inauguração da Academia de Cibersegurança e, depois, a Cascais, onde decorrerá a reunião do Conselho de Estado.

"Claramente, acho que quem ultrapassou todas as linhas vermelhas possíveis e imagináveis foi a Bielorrússia e o Presidente Lukashenko. É preciso sentir-se muito ameaçado pelas forças democráticas internas para desencadear um ato absolutamente inimaginável ao permitir-se proceder a um desvio de um avião civil, que se desloca entre duas capitais europeias, duas capitais da NATO, com o exclusivo objetivo de deter um jornalista e a sua companheira", declarou o líder do executivo de Portugal, país que até junho preside ao Conselho da União Europeia.

No domingo, um avião da companhia irlandesa Ryanair foi desviado pelas autoridades da Bielorrússia, que forçaram a sua aterragem em Minsk, onde o jornalista Roman Protasevich, opositor do regime bielorrusso, foi detido.

O avião viajava entre as capitais da Grécia e da Lituânia - dois países membros da União Europeia e da NATO - atravessando espaço aéreo da Bielorrússia.

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