Bruxelas garante mais 300 milhões de doses da vacina Pfizer-BioNTech

por RTP
Reuters

A Comissão Europeia negociou a extensão do contrato com a Pfizer e BioNTech para a aquisição de mais 300 milhões de doses da sua vacina contra a covid-19, anunciou esta sexta-feira Ursula von der Leyen. Destas, 75 milhões de doses estarão disponíveis já no segundo trimestre do ano.

Numa conferência de imprensa em Bruxelas, a presidente do executivo comunitário explicou que a Comissão chegou a acordo com a Pfizer e BioNTech, à qual já adquirira 300 milhões de doses da vacina, permitindo assim duplicar esse número. Ursula von der Leyen salientou ainda que 75 milhões destas doses adicionais estarão disponíveis "já a partir do segundo trimestre", sendo as restantes entregues no terceiro e no quarto trimestres.

"Como sabem, neste momento temos acesso a 300 milhões de doses da vacina BioNTech-Pfizer", afirmou Von der Leyen. "A boa notícia é que chegámos a acordo com a BioNTech-Pfizer para prolongar este acordo".

Através do Twitter, Von der Leyen anunciou que a Comissão Europeia garante que os Europeus "tenham doses suficientes de vacinas seguras e eficazes".

"Agora permitimos que os países da UE comprem mais doses da primeira vacina aprovada na UE. Agora podem comprar até 300 milhões de doses a mais".



 

Com as vacinas da Pfizer e BioNTech já garantidas, associadas às 150 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica Moderna - a segunda a ser aprovada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) e pela Comissão para utilização na UE -, Bruxelas já garantiu assim "um número de doses que permite vacinar 380 milhões de europeus, mas de 80 por cento da população europeia", sublinhou Von der Leyen na conferência de imprensa.

"Temos muitos projetos para o ano de 2021, e isso é particularmente verdadeiro para a reconstrução económica. Mas tudo isso pressupõe que vamos conseguir vencer a pandemia. Para tal, devemos vacinar o maior número de europeus e europeias o mais rapidamente possível. E por isso é que estou feliz com este desenvolvimento muito positivo hoje", continuou.

Von der Leyen reiterou que "outras vacinas se seguirão nas próximas semanas e meses".

 



 

Na terça-feira, o executivo comunitário autorizou também a comercialização da vacina da Moderna para a covid-19 na UE, após o aval do regulador europeu àquele que é o segundo fármaco contra o novo coronavírus permitido no espaço comunitário. A vacina da Moderna, com uma eficácia comprovada superior a 90 por cento, foi a segunda a ter aval da EMA, após a aprovação, a 21 de dezembro de 2020, do fármaco desenvolvido pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que está a ser utilizado no espaço europeu desde 27 de dezembro.

Tal como a vacina da Pfizer e BioNTech, a da Moderna é administrada por duas injeções no braço separadas no tempo, tendo neste caso 28 dias de intervalo.

Segundo o executivo comunitário, a Moderna vai disponibilizar à UE o montante total de 160 milhões de doses da vacina entre o primeiro e o terceiro trimestres de 2021, como anteriormente acordado entre Bruxelas e a farmacêutica.

A Comissão Europeia já tem uma carteira com seis outras potenciais vacinas, que além destas duas incluem as desenvolvidas pela AstraZeneca, Sanofi-GSK, Johnson & Johnson e CureVac.

Até ao momento, apenas a Moderna e a Pfizer e BioNTech pediram autorização à EMA.

 

C/ Lusa

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