Catalunha: Supremo mantém independentistas na prisão

por RTP
Reuters

O ex-vice presidente do governo da Catalunha, Oriol Junqueras, vai continuar em prisão preventiva, assim como outros três separatistas catalães. O Supremo Tribunal espanhol libertou, esta segunda-feira, mediante o pagamento de fiança, os outros seis dirigentes que estavam detidos.

O antigo vice-presidente do Governo da Catalunha, Oriol Junqueras, juntamente com Joaquim Forn, Jordi Sànchez e Jordi Cuixart vão manter-se em prisão preventiva, sem possibilidade de pagamento de fiança.

O juiz considerou que não há risco de fuga, mas considerou que há risco de repetição de crime nos casos do ex-vice-presidente regional Oriol Junqueras, do ex-ministro Joaquin Forn e dos dois dirigentes de organizações separatistas, Jordi Sánchez y Jordi Cuixart.

“O risco de reiteração das condutas impõe a este instrutor um maior grau de rigor e cautela na hora de conjugar o direito de liberdade dos investigados e o direito da comunidade poder desenvolver a sua atividade quotidiana num contexto sem qualquer risco previsível de suportar comportamentos de lesem de maneira irreparável não só a convivência social ou familia e o livre desenvolvimento económico e laboral mas também a própria integridade física”, refere o juiz Pablo Llarena na decisão divulgada pelo El Mundo.



"Os seus casos estão diretamente ligados a uma explosão de violência que, a repetir-se, não deixam margem para corrigir ou satisfazer aqueles que foram envolvidos nela", escreveu ainda o magistrado na sua decisão.

São acusados dos crimes de rebelião e traição ao Estado, por terem organizado o referendo sobre a independência da Catalunha. Crimes puníveis com 25 anos de prisão.

Já Raul Romeva, Carles Mundó, Dolors Bassa, Meritxell Borràs, Josep Rull e Jordi Turull, os outros seis antigos conselheiros da Generalitat que a Audiência Nacional tinha enviado para a prisão foi-lhes aplicada uma fiança de 100 mil euros.

Depois de pagarem e serem libertados terão de comparecer semanalmente no Tribunal Supremo de Justiça da Catalunha ou num outro tribunal da sua conveniência. Ficarão ainda proibidos de abandonar o país e obrigados a entregar o seu passaporte. O juiz Pablo Llarena lembrou que qualquer incumprimento destas condições implica o regresso imediato à prisão.

A continuidade em prisão preventiva de Oriol Junqueras significa que não poderá participar na campanha para as eleições de 21 de dezembro. O ex-vice-presidente da Generalitat é o número um da lista da ERC, partido pró independência que está em primeiro lugar das sondagens.

A campanha para as eleições regionais de 21 de dezembro começa na terça-feira.

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