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Chico Buarque lidera manifesto que pede destituição de Bolsonaro

por Mário Aleixo - RTP
Chico Buarque lidera um grupo de artistas brasileiros que pedem a destituição de Bolsonaro Joedson Alves - EPA

Cerca de 2.500 artistas brasileiros, incluindo o cantor e escritor Chico Buarque e o ator Gregório Duvivier, lançaram na segunda-feira um manifesto pela destituição de Jair Bolsonaro da presidência do Brasil, devido à gestão da pandemia.

Intitulado "Artistas Pelo 'Impeachmen'`(destituição)", o manifesto tece duras críticas à gestão de Bolsonaro durante a pandemia de covid-19, que fez mais de 423 mil mortos e 15,2 milhões de infetados no Brasil, um dos países mais afetados pela crise sanitária em todo o mundo.

"Diversas medidas poderiam ter sido tomadas para reduzir o número de mortes, mas não foram. A estratégia seguiu direção contrária. O descaso e a negação das conquistas científicas continuam sendo incentivados", indica o manifesto divulgado no `site` da organização Jornalistas Livres.

"Com isto aumenta a cada dia o número de vidas humanas perdidas. Ou seja, vivemos sob a tutela de um governo criminoso que, por diligência engendrada e condução irracional da crise sanitária, causa um número de óbitos muito superior ao que seria o inevitável", frisa o texto.

A par do manifesto, foi ainda lançado um abaixo-assinado pela destituição do atual chefe de Estado brasileiro, num evento virtual que juntou nomes como o do cantor e compositor Ivan Lins, a atriz Malu Galli, o músico Zeca Baleiro, o indígena Ailton Krenak, o rapper Emicida ou a atriz Maria Bopp.

"Sou uma pessoa comum, filho de um militar e de uma professora primária, fui bem educado, graças a Deus. Não consigo imaginar um presidente no nível deste 'cara', que tem total desprezo pela vida humana. Um presidente que nunca visitou um hospital para dar força aos médicos, que tem coragem de sugerir a imunização de rebanho, um morticínio. Não temos um estadista, temos um terrorista", defendeu Ivan Lins no encontro.

A carta coletiva foi concluída com um convite a toda a "sociedade brasileira" para "uma unificação dos diversos esforços sociais, políticos e culturais" visando "estancar o genocídio nacional".

"Nós convidamos a nação brasileira a um pleito único, urgente e fundamental, para que tenhamos a possibilidade de enxergar (ver) um futuro através da discussão pública e ampla do processo de impugnação do atual mandato da presidência da República. Cessar um Genocídio", reforça o manifesto.

"O presidente da Câmara e os congressistas têm que colocar em discussão imediata o assunto, já que este é o desejo maior de grande parte da sociedade brasileira. Não podemos mais assistir impassíveis a essas manobras macabras e irresponsáveis que nos fazem perder, diariamente, milhares de vidas humanas para a covid-19 através de calculado genocídio", frisa.

Até ao final da noite de segunda-feira, o abaixo-assinado pela destituição de Bolsonaro já contava com cerca de 19.800 assinaturas.

c/ agências
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