Ciclone Favio faz 17 feridos e destrói centenas de edifícios

por Agência LUSA

A passagem do ciclone Favio pelo sul e centro de Moçambique, com ventos superiores a 180 km/h, fez 17 feridos e destruiu total ou parcialmente centenas de edifícios, incluindo uma cadeia em Vilanculo (Inhambane), indica um balanço preliminar.

A cidade de Vilanculo (cerca de 800 quilómetros a norte de Maputo), por onde o centro do ciclone entrou no país na manhã de quinta-feira, foi a mais atingida, permanecendo sem energia eléctrica e sem comunicações telefónicas fixas e móveis.

Os telhados de edifícios públicos de Vilanculo como a maternidade, o centro de saúde, o armazém distrital, a delegação do Instituto de Meteorologia, entre outros, foram total ou parcialmente arrancados.

A força do vento destruiu ainda centenas de casas de construção precária.

Apesar de o balanço preliminar indicar a existência de 17 feridos, as autoridades temem que o número possa ser mais elevado, face à destruição provocada em edifícios como o hospital.

A passagem do ciclone sobre Vilanculo originou ainda um episódio insólito: o telhado da prisão da cidade foi arrancado pela força do vento permitindo a fuga aos reclusos, que de encontram todos a monte.

De acordo com o Centro Nacional de Operações de Emergência (CENOE) existem cerca de 93 mil pessoas afectadas em Govuro, Inhassoro e Vilanculo, na província de Inhambane (sul).

Quanto a outras regiões do país atravessadas pelo ciclone, as informações disponíveis até ao momento são muito exíguas, já que muitas estradas foram cortadas e as comunicações permanecem interrompidas.

Durante a última noite, o ciclone avançou pelo interior do país, na direcção noroeste, perdendo gradualmente força (os ventos deverão ter abrandado para 100 a 120 quilómetros por hora).

As províncias de Sofala e Manica (centro) deverão ainda ser atravessadas pelo ciclone, que se dirigirá depois para o vizinho Zimbabué.

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