O acidente registou-se perto da ilha grega de Karpathos e, segundo os militares turcos, o piloto turco ejectou-se em segurança do seu aparelho, desconhecendo-se ainda o destino do aviador grego.

Segundo Ancara, a colisão ocorreu após a "intercepção" de aparelhos turcos por caças gregos, durante "exercícios de rotina", que, de acordo com a Turquia, decorriam em espaço aéreo internacional.

Evangelos Antonaros, porta-voz do Governo grego, confirmou numa conferência de imprensa que "o avião grego tentava interceptar" o aparelho turco, quando o incidente ocorreu.

"Cerca das 12:48 (11:48 de Lisboa) de hoje, aviões da força aérea grega interceptaram aviões da força aérea turca, em voos de treino no espaço aéreo internacional do Egeu e Mediterrâneo, 63 quilómetros a sul da ilha de Rodes", refere o comunicado de Ancara.

"Durante a intercepção, um F-16 da força aérea turca entrou em colisão com um F-16 da força aérea grega e os dois aviões despenharam- se", afirma o comunicado, acrescentando que prossegue a investigação sobre o acidente.

A força aérea grega envolve-se regularmente em incidentes no leste do Egeu com aviões militares turcos, devido ao diferendo entre os dois países quanto ao limite dos respectivos espaços aéreos.

Por várias vezes, aviões gregos e turcos despenharam-se no mar na região, durante operações de reconhecimento, de intercepção mútua ou de treino.

Em Paris, o primeiro-ministro grego, Costas Caramanlis, que participa na reunião ministerial da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos), ordenou que os responsáveis dos Negócios Estrangeiros e da Defesa do seu país sigam o caso dos dois caças.

O chefe do executivo grego optou por manter a sua agenda e não regressar a Atenas e mantém-se em contacto com os ministros das duas pastas, referiu um porta-voz.