Colômbia nomeia nova chefe da diplomacia após polémica com passaportes

Rosa Villavicencio é a nova chefe da diplomacia da Colômbia, substituindo Laura Sarabia, que se demitiu devido à polémica sobre um contrato para a emissão de passaportes, que acabou por resultar num acordo com Portugal.

Lusa /
Rosa Villavicencio é a nova ministra dos Negócios Estrangeiros da Colômbia Bienvenido Velasco - EPA

"Rosa Villavicencio toma posse como nova ministra dos Negócios Estrangeiros, com a missão de continuar a consolidar uma política externa focada na paz, na integração regional e na justiça global", anunciou a Presidência na quarta-feira.

Villavicencio, que até agora era vice-ministra, substitui Laura Sarabia, uma das dirigentes mais próximas do presidente Gustavo Petro, e que tinha assumido o cargo a 29 de janeiro.

Sarabia demitiu-se na semana passada após um desentendimento com o novo chefe do gabinete presidencial, Alfredo Saade, sobre a adjudicação do contrato de emissão de passaportes à empresa Thomas Greg & Sons.

Em dezembro, a empresa anunciou uma ação judicial contra a Colômbia por 117 mil milhões de pesos (25,5 milhões de euros), por o Estado ter terminado um contrato para emissão de passaportes.

Laura Sarabia tinha defendido uma extensão de um ano do contrato com a empresa, decisão que foi rejeitada por Alfredo Saade que defendeu um acordo assinado com Portugal.

Em outubro, Colômbia e Portugal assinaram um memorando de entendimento para a emissão de passaportes, documentos de viagem e vistos para o país sul-americano, que terá início a 1 de setembro de 2025 e se estenderá por 10 anos.

"O acordo é firmado considerando a capacidade, conhecimento e experiência demonstrada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, S.A. de Portugal nesta matéria, bem como o seu reconhecimento internacional, testes realizados e acreditação oficial por organismos internacionais", realçou a diplomacia colombiana, em comunicado.

Portugal irá ajudar a instalar infraestruturas que permitirão à Imprensa Nacional da Colômbia assumir integralmente a emissão, a partir de 2025.

 

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