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Covid-19. Modelo prevê mais de 200 mil mortos nos EUA até outubro

por Andreia Martins - RTP
Marco Bello - Reuters

O modelo criado por investigadores da Universidade de Washington estima que o número de óbitos provocados pelo novo coronavírus deverá ultrapassar os 200 mil até 1 de outubro. Prevê-se que número de vítimas mortais desça durante os meses de junho e de julho, seguindo-se um novo pico no número de mortes durante o mês de setembro. Até ao momento mais de 116 mil pessoas morreram e houve mais de dois milhões de casos confirmados nos Estados Unidos.

Numa altura em que vários Estados norte-americanos preparam o desconfinamento e a reabertura da economia, chega um alerta preocupante da Universidade de Washington. Um grupo de investigadores do Institute for Health Metrics and Evaluation criou um modelo estatístico que projeta que o número de mortes será bastante superior ao que se verifica atualmente.

Ainda que a taxa de letalidade da Covid-19 em território norte-americano desça durante os meses de junho e de julho, o modelo prevê um segundo aumento no número de mortos sobretudo durante o mês de setembro, culminando no dia 1 de outubro com um total de 201.129 mortes no país.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, morreram 116.125 pessoas até ao momento e há mais de dois milhões casos confirmados de infeção desde o início da pandemia. Ainda que muitos Estados norte-americanos assistam nesta altura a um aliviar da situação, há outros Estados onde persiste uma tendência ascendente no número de novos casos.

“O aumento da mobilidade e o relaxamento prematuro do distanciamento social levaram a um maior número de infeções, tal como vemos na Flórida, Arizona e noutros estados”, disse Ali Mokdad, um dos criadores do modelo da Universidade de Washington, em declarações à CNN.

Depois de vários meses de confinamento, a grande maioria dos Estados norte-americanos prossegue nesta altura com a reabertura de espaços que estiveram encerrados nas últimas semanas, mesmo que os indicadores não deixem margem para otimismo.

Especialistas e autoridades locais procuram uma situação de equilíbrio que não comprometa o número de camas disponíveis, em internamento e cuidados intensivos, mas também que não fragilize ainda mais uma economia fortemente afetada, num país onde foram registados mais de 44 milhões de norte-americanos em situação de desemprego nas últimas 12 semanas.

Por exemplo, no Arkansas, onde foram registados 731 novos casos (o maior aumento desde o início da pandemia), segue-se o plano de desconfinamento apesar dos dados recentes. “Não podemos deixar a nossa vida em suspenso por mais seis meses ou um ano, até que haja uma vacina”, disse o governador Asa Hutchinson.

Na última semana, 18 Estados norte-americanos viram aumentar substancialmente o número de novos casos, sendo que em seis desses estados houve uma subida acima dos 50 por cento de novas infeções.
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