Covid-19. Trump proíbe entrada nos EUA de estrangeiros provenientes do Brasil

por Mário Aleixo - RTP
Donald Trump fecha as portas a estrangeiros provenientes do Brasil Leah Millis - Reuters

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretou a proibição de entrada no país de todos os estrangeiros que tenham estado no Brasil nos 14 dias anteriores à tentativa de entrada, devido à pandemia de Covid-19.

"Determinei que é do interesse do país tomar medidas para restringir e suspender a entrada nos EUA, como imigrantes ou não imigrantes, de todos os estrangeiros que estiveram fisicamente presentes no Brasil durante o período de 14 dias que precedeu a sua entrada ou tentativa de entrada nos Estados Unidos", refere o presidente norte-americano na ordem decretada.

A medida visa limitar a propagação do novo coronavírus quando os números nos Estados Unidos começam a abrandar, uma vez que o Brasil é agora um dos maiores focos mundiais da pandemia, sendo já o segundo país com maior número de casos - mais de 347 mil - e pelo menos 22.013 óbitos oficialmente confirmados.

"A ação de hoje ajudará a garantir que os estrangeiros que estiveram no Brasil não se tornem uma fonte adicional de infeções no nosso país", afirmou também a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, sublinhando, porém, que "estas novas restrições não se aplicam ao fluxo de comércio entre os EUA e o Brasil".

O anúncio oficial veio confirmar a indicação já manifestada nas últimas horas pelo conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Robert O`Brien, que vincou que a administração Trump iria "tomar todas as medidas necessárias para proteger o povo norte-americano", numa altura em que o país já regista perto de 100 mil mortes associadas à covid-19.

Os Estados Unidos, que são o país com mais mortos (97.087) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,6 milhões), suspenderam os voos provenientes da China, da maior parte dos países da União Europeia e do Reino Unido, à medida que a pandemia ia alastrando.

O Brasil, com mais de 22 mil mortos e 347 mil casos, é o segundo país do mundo em número de infeções, enquanto a Rússia, que contabiliza 3388 mortos, é o terceiro, com mais de 335 mil.
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