O futebolista português Cristiano Ronaldo reconheceu culpa de quatro crimes de fraude fiscal, num tribunal de Madrid, e acordou pagar uma multa de 18,8 milhões de euros. A pena de prisão de 23 meses foi comutada em multa, ficando o jogador com o cadastro limpo.
O acordo entre Ronaldo, o Ministério Público e as Finanças permite fechar o processo contra Cristiano Ronaldo por fuga aos impostos de rendimentos recebidos sobre os direitos de imagem em Espanha, quando jogava pelo Real Madrid.
O acordo previa ainda uma pena de prisão de 23 meses, que Ronaldo não teria de cumprir porque a Justiça espanhola não aplica penas inferiores a 24 meses quando os acusados não têm antecedentes judiciais.
Esta terça-feira o jogador veio apenas assinar o acordo formal a que tinha chegado no verão passado. A multa já terá, aliás, sido saldada.
Ronaldo estava acusado de ter, de forma "consciente", criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol em 14.768.897 euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.
O tribunal requereu a presença do futebolista português, não aceitando que o acordo fosse assinado por procuração.
O magistrado também não aceitou o pedido dos advogados para que o futebolista pudesse entrar no pela garagem por questões de segurança.
Ronaldo alegou em primeira instância que “jamais” ocultou negócios e que não tinha intenção de fugir aos impostos. Acabou por aceitar o acordo por recomendação do seu advogado, José Antonio Choclan. Luka Modric, Marcelo, Radamel Falcao, Angel Di María e Javier Mascherano foram outros jogadores que chegaram a acordos com o Ministério Público.
Xabi Alonso esteve também esta manhã no tribunal num processo semelhante.O jogador não quer chegar a acordo e o Ministério Público espanhol está a pedir cinco anos de prisão para Alonso.
c/Lusa