Cruz Vermelha em contacto com Hamas para a libertação de reféns

A Cruz Vermelha disse estar em contacto com Hamas e com as autoridades israelitas para trabalhar pela libertação dos reféns que o movimento islamita fez no ataque surpresa lançado contra Israel, no sábado.

Lusa /
As imagens são o testemunho fiel da situação Mohammed Saber - EPA

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu também que "ambos os lados reduzam o sofrimento dos civis", de acordo com um comunicado.

"Como intermediários neutros, estamos prontos para realizar visitas humanitárias, facilitar a comunicação entre os reféns e familiares, e facilitar qualquer possível libertação", sublinhou o diretor regional do CICV para o Médio Oriente, na mesma nota.

Fabrizio Carboni lembrou também que a tomada de reféns é proibida pelo Direito Internacional Humanitário e qualquer pessoa detida deve ser imediatamente libertada.

Acredita-se que dezenas de israelitas e estrangeiros, soldados, civis, crianças e mulheres, estejam nas mãos do Hamas na Faixa de Gaza, desde o início da ofensiva.

As autoridades israelitas identificam 150 reféns, enquanto centenas de pessoas continuam desaparecidas e corpos continuam a ser identificados.

Carboni mostrou-se também preocupado com o destino dos civis na Faixa de Gaza, na sequência do aumento dos bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano controlado pelo Hamas.

À medida que Gaza perde energia, "os hospitais perdem energia, pondo em risco recém-nascidos colocados em incubadoras e pacientes idosos a receber oxigénio. A diálise renal é interrompida e os raios X não podem ser realizados", lembrou o responsável.

"Sem eletricidade, os hospitais correm o risco de se transformarem em morgues", insistiu o dirigente da Cruz Vermelha, sublinhando também que o acesso à água potável já é difícil em Gaza.

"Nenhum pai quer ser obrigado a dar água suja a uma criança com sede", insistiu Carboni.

 

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