Decreto anti-imigração de Trump aprovado pelo Supremo Tribunal

por RTP
A mais recente versão que foi agora aprovada pelo Supremo Tribunal norte-americano fecha as fronteiras a cerca de 150 milhões de cidadãos. Leah Millis - Reuters

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos anunciou esta terça-feira que aprovou a validação do decreto anti-imigração de Donald Trump. Este documento proíbe a entrada de cidadãos de sete países em território norte-americano.

A votação no Supremo Tribunal norte-americano aprova o decreto assinado pelo Presidente dos Estados Unidos, com cinco votos a favor e quatro contra por parte dos juízes.

Os sete países visados são de maioria muçulmana (Irão, Líbia, Síria, Iémen, Somália), mas constam também na lista a Coreia do Norte e a Venezuela.

John Roberts, chefe de Justiça dos Estados Unidos, afirma que Donald Trump usou de forma legítima os seus direitos relativos à questão da imigração. “A proclamação está diretamente dentro do desígnio da autoridade presidencial”, refere.

O chefe da Justiça dos EUA descarta-se, no entanto, das declarações polémicas do Presidente dos Estados Unidos sobre os muçulmanos e a temática da imigração, ou sobre o conteúdo do decreto. “Não expressamos qualquer opinião sobre a justeza desta política”, esclarece.

Donald Trump já expressou o seu contentamento no Twitter relativamente à aprovação do decreto. “O Supremo Tribunal valida a proibição de viajar de Trump. Uau!”, escreveu o Presidente dos Estados Unidos na rede social.


O decreto aprovado é a terceira versão de um primeiro texto emitido pela Casa Branca em janeiro de 2017, uma semana depois de Donald Trump ter tomado posse. Inicialmente o Chade também fazia parte da lista mas acabou por ser retirado.

A mais recente versão, que foi agora aprovada pelo Supremo Tribunal norte-americano, fecha as fronteiras a cerca de 150 milhões de cidadãos.

Os críticos deste decreto consideram que se trata de uma medida "anti-islão”, com a administração norte-americana tem tentado combater acusações desta natureza.


"Esta medida odiosa é uma catástrofe em todos os sentidos, não só para aqueles que simplesmente querem viajar, trabalhar ou estudar aqui nos Estados Unidos, mas também para aqueles que procuram proteção contra a violência", considera a representação norte-americana da Amnistia Internacional.
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