O filho do candidato à presidência do Brasil ameaçou o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) caso o seu pai seja impedido de participar na segunda volta das eleições, agendadas para este domingo.
As declarações polémicas surgiram como resposta à pergunta de uma apoiante do Partido Social Liberal, que queria saber qual era a estratégia da campanha de Jair Bolsonaro caso o TSE proibisse o seu pai de assumir a presidência. Eduardo disse ainda, numa alusão ao tipo de consequências que a campanha poderia originar, que “bastariam dois soldados para fechar o TSE”.
Nas últimas semanas, a imprensa brasileira tem noticiado a possibilidade de o candidato de extrema-direita ter recebido várias doações de grandes empresas para financiar a campanha da segunda-volta eleitoral.
Estas ações são consideradas ilegais pelo código eleitoral do Brasil que refere no artigo 222: “O voto é considerado nulo ou vazio quando está viciado por falsidade, fraude e coerção”.
O TSE recebeu também uma petição, com mais de 160 mil assinaturas, a pedir-lhe para invalidar a candidatura de Bolsonaro. Os signatários do documento argumentam que o candidato é responsável por “ter criado um clima de intolerância e violência [no Brasil] ”, depois de terem sido registados vários ataques, por parte de muitos apoiantes, incentivados pelo discurso agressivo de Bolsonaro contra os seus adversários.
Depois de ter aceitado a petição, o TSE informou Jair Bolsonaro que este tem cinco dias para apresentar o seu caso. Se o tribunal decidir a favor da acusação, o candidato do Partido Social Liberal poderá ficar impedido de participar na vida política durante oito anos, falhando, dessa forma, a segunda volta eleitoral e, por conseguinte, a possível nomeação a presidente do Brasil.