"Estamos orgulhosos de contar com uma indústria de defesa capaz de produzir os meios para a nossa própria proteção", afirmou o ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, na cerimónia de entrega dos lançadores.

Os Atros MK6, a versão mais moderna dos Astros 2020, são lançadores múltiplos universais capazes de lançar mísseis e foguetes táticos e teleguiados a uma distância até 300 quilómetros e com alta precisão, revelou o Ministério da Defesa em comunicado.

Cada unidade tem capacidade para disparar em 19 segundos um total de 190 foguetes do tipo SS60, SS40 e SS30, igualmente desenvolvidos no Brasil e que já foram exportados para países do sudeste asiático e do Médio Oriente.

As unidades serão utilizadas para a proteção das fronteiras do país, acrescenta a mesma nota governamental.

Para o general José Júlio Dias Barreto, gerente do Projeto Estratégico Astros 2020, os veículos lançadores agora recebidos vão incorporar a primeira bateria de mísseis e foguetes do exército.

Cada uma das baterias é composta por um veículo de posto de comando e controlo, uma unidade meteorológica, seis veículos lançadores com capacidade para disparar toda a "família" de foguetes bem como um míssil tático que está ainda em desenvolvimento, e um veículo carregamento de munições de reserva, explicou o oficial.

O general destacou também a capacidade brasileira de desenvolver o seu próprio arsenal de defesa para não depender militarmente de nenhum país.