Fernanda Lay eleita presidente do parlamento de Timor-Leste

por Lusa
Fernanda Lay foi eleita a primeira mulher a presidir ao Parlamento Nacional timorense D.R. - Tatoli

A deputada do CNRT Fernanda Lay foi eleita a primeira mulher a presidir ao Parlamento Nacional timorense, na sessão que marcou o arranque da 6.ª legislatura e na qual prestaram juramento os 65 novos deputados.

Maria Fernanda Lay foi eleita com 45 votos a favor, 19 abstenções e um voto em branco, durante uma votação secreta, em urna, mas onde se evidenciou uma divisão na oposição, já que os dois partidos da maioria representam apenas 37 lugares.

As 19 abstenções coincidem com o total de cadeiras da Fretilin, segunda força política.

"A deputada Maria Fernanda Lay foi eleita presidente do Parlamento Nacional", disse Aniceto Guterres Lopes. "Primeira mulher timorense eleita responsável de um órgão de soberania. Os meus parabéns à nova presidente, e às mulheres timorenses. Convido-a agora a assumir a mesa do parlamento, para concluir a agenda de hoje do plenário".

A nova presidente foi a única candidata ao cargo apresentada até ao prazo limite, que terminou na quarta-feira, sendo apoiada pelos dois partidos que configuram a nova maioria parlamentar, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) e o Partido Democrático (PD).

"Eu, Maria Fernanda Lay, declaro que aceito candidatar-me para presidente do Parlamento Nacional", escreveu na curta carta de aceitação da nomeação.

Lay, 68 anos e natural de Baucau, ocupou várias funções de liderança em várias comissões especializadas, com destaque para a comissão de Finanças Públicas.

Presente no parlamento desde 2007, sempre na bancada do CNRT, Fernanda Lay é uma das vozes fortes do partido no que se refere aos temas de finanças públicas, sendo tradicionalmente a deputada que lidera as intervenções do partido sobre questões como o Orçamento Geral do Estado (OGE).

A sua nomeação implica, por regras constitucionais, que Fernanda Lay será igualmente a primeira mulher a assumir, ainda que interinamente, as funções de Presidente da República, em casos como ausências do país do chefe de Estado.

Essa situação deverá ocorrer já nos próximos dias durante uma visita de José Ramos-Horta à Alemanha.

 

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