GOE portugueses impedidos de entrar na Venezuela

por Hélder Silva e Paulo Jerónimo

Foto: José Manuel Ribeiro - Reuters

Já está de regresso a Portugal os operacionais do Grupo de Operações Especiais impedidos de entrar na Venezuela. Os agentes da PSP iam proteger a embaixada portuguesa em Caracas, mas nem sequer chegaram a sair da base onde aterraram. Ao fim de várias horas de negociações, o grupo acabou por voltar ao país.

Tal como a RTP avançou, o Falcon que transportava os oito elementos do Grupo de Operações Especiais da PSP aterrou domingo à tarde numa base nas imediações de Caracas.

Além dos agentes, transportava diversas malas diplomáticas, que continham armas, capacetes e coletes à prova de bala. Mas foram impedidos de entrar em território venezuelano.

Durante 12 horas seguiram-se intensas negociações diplomáticas sem qualquer resultado. Face à intransigência das autoridades venezuelanas, os elementos dos GOE regressaram a Lisboa.

A unidade anti-terrorista estava a preparar a missão há três semanas, face ao agravamento da situação política e social. Ia reforçar a segurança da embaixada de Portugal em Caracas. Os GOE são responsáveis pelas instalações diplomáticas portuguesas em todo o mundo.

O incidente aconteceu horas antes de Portugal reconhecer Juan Guaidó como presidente interino.

A situação na Venezuela tem vindo a piorar. Guaidó acusa Nicolás Maduro de estar a desviar fundos de ajuda humanitária em proveito próprio.

Nicolás Maduro, que esteve em mais um momento transmitido pela televisão, diz estar a resistir a uma guerra psicológica.
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