Grupo "jihadista" Estado Islâmico reivindica ataque no noroeste de Bagdade

por Lusa
O grupo "jihadista" Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado terrorista no noroeste de Bagdade D.R.

O grupo "jihadista" Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado terrorista contra uma localidade no noroeste de Bagdade, no Iraque, no qual pelo menos 12 pessoas morreram e 20 ficaram feridas.

O ataque de terça-feira contra a vila de Al-Rachad, na província de Diyala, iniciou-se com o sequestro de seis "renegados", como o EI denomina os muçulmanos xiitas, que, "após serem interrogados, foram mortos com metralhadoras", de acordo com uma nota divulgada pela organização extremista, nos seus canais de propaganda no Telegram,

A mesma nota acrescenta que os atacantes esperaram por reforços das "milícias renegadas", como chamam à Multidão Popular, uma fação maioritariamente xiita integrada nas Forças Armadas, e realizaram uma emboscada.

Os habitantes da aldeia são principalmente da tribo Bani Tamim, à qual pertence o governador da província, segundo afirmaram à AFP duas fontes, após o atentado.

Na quarta-feira, as autoridades iraquianas informaram que pelo menos 12 pessoas foram mortas no ataque e outras 20 ficaram durante outra ofensiva semelhante na cidade vizinha Nahr al Imam.

Após uma ascensão rápida em 2014 no Iraque e na vizinha Síria, com a conquista de vastos territórios, o EI viu o seu "califado" vacilar sob o impacto de sucessivas ofensivas nestes dois países.

O Iraque anunciou a derrota dos "jihadistas" no final de 2017 e a Síria declarou em 2019 vitória sobre o EI, mas este continua a ser uma ameaça e a realizar ataques em ambos os países.

No início de setembro, 13 membros da polícia federal iraquiana foram mortos num ataque do EI ao seu posto de controlo perto de Kirkuk (norte).

Segundo um relatório da ONU publicado no início de 2021, a organização "jihadista" mantém "10.000 combatentes ativos" no Iraque e Síria.

O último grande ataque reivindicado pelo EI no Iraque, em julho passado, teve como alvo um mercado no distrito xiita de Sadr City, em Bagdad, que matou cerca de 30 pessoas.

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