Hungria declara estado de crise devido ao fluxo de migrantes

por RTP
A polícia húngara de guarda a um grupo de migrantes que tentou passar a vedação fronteiriça durante a noite. Pelo menos 16 pessoas foram detidas após o reforço da segurança da fronteira húngara e devido às novas leis anti-imigração que entraram em vigor à meia-noite. Dado Ruvic - Reuters

Um porta-voz do Governo húngaro revelou que o país declarou "estado de crise" devido à presença de elevado número de migrantes em duas das suas províncias. A Hungria impôs desde a meia-noite nova legislação anti-migração e nas últimas horas a polícia deteve 16 pessoas que tentavam entrar ilegalmente no país.

De acordo com a porta-voz da polícia húngara, Viktoria Csiszer-Kovacs, os detidos são nove sírios e sete afegãos acusados de levantar a cerca de arame contruída ao longo da fronteira sul com a Sérvia.

Um crime punível com penas de até três anos de prisão, sob a nova legislação húngara.

As novas medidas de segurança encerraram a principal passagem de fronteira legal e duplicaram o pessoal de vigilância ao longo da barreira de arame farpado de mais de 170 quilómetros que se estende ao longo da fronteira com a Sérvia.



Milhares de refugiados passaram a noite ao relento, impedidos de passar.

Mais de 9.000 pessoas entraram na Hungria na segunda-feira antes do encerramento da fronteira, um novo recorde, revelou entretanto a polícia húngara.

A barra simbólica dos 200.000 migrantes que deram entrada na Hungria foi entretanto ultrapassada, afirmam as autoridades.

De acordo com números publicados esta terça-feira, 200.778 migrantes entraram no país desde janeiro de 2015, a maioria através da fronteira sérvia.

Na sua maioria prosseguiram viagem para ocidente, para o centro da Europa, Austria e Alemanha.
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