O conflito na Síria dura há já seis anos. Desde 2011 são mais de cinco milhões os refugiados sírios que abandonaram o seu país, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pela Organização das Nações Unidas.
Os Estados Unidos são o país com o maior programa de reassentamento do mundo. Comprometeram-se a acolher cerca de 64 mil sírios, mas a administração Trump está a tentar reduzir o programa.
No ano passado, a média de refugiados sírios manteve-se nos 4,8 milhões. Egipto, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia são alguns dos países de acolhimento.
Mais ajuda da comunidade internacional
“Quando o número de mulheres, homens e crianças, em fuga há seis anos da guerra na Síria, passa da marca de cinco milhões, a comunidade internacional precisa fazer mais para ajudá-los", afirmou o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, em comunicado.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados prevê que cerca de 1,2 milhões de refugiados precisem de ser acolhidos ainda este ano. Quarenta por cento são sírios.
Um ano depois da promessa feita na reunião de alto nível sobre a Síria, a comunidade internacional só realojou metade dos 500 mil refugiados sírios com que se tinha comprometido.
O Alto Comissário sustentou ainda que a deslocalização "não dá apenas aos refugiados a oportunidade de refazerem as suas vidas, mas também enriquece as comunidades que os recebem".
“Ainda temos um longo caminho a percorrer na expansão do reassentamento dos refugiados. Para enfrentar este desafio precisamos não só de mais locais de acolhimento, como também de acelerar a implementação dos compromissos já existentes”, acrescentou Filippo Grandi.
Os seis anos de guerra civil na Síria têm sido devastadores. Mais de metade da população síria é refugiada e teve de abandonar o país.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, o conflito já fez mais de 320 mil vítimas.
