Médicos Sem Fronteiras alertam para agravamento do surto de sarampo na RDCongo

por Lusa

Kinshasa, 16 ago 2019 (Lusa) - A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou hoje para o agravamento do surto de sarampo na República Democrática do Congo (RDCongo), referindo que desde janeiro já foram infetadas mais de 145 mil pessoas e morreram 2.758.

"A epidemia de sarampo decretada a 10 de junho é a mais mortífera que a RDCongo já viu desde 2012", lê-se num comunicado hoje difundido pela MSF, que lamenta a "alarmante falta de atores e fundos para responder a esta crise".

Apesar da escala da epidemia, "só foram angariados 2,5 milhões de dólares, dos 8,9 milhões requeridos pelo plano de resposta", acrescentam os médicos, vincando que "o contraste com a epidemia de Ébola no leste do país, que atrai múltiplas organizações e centenas de milhões em financiamento, é impressionante".

Citado no comunicado, o médico Karel Janssens alerta que faltam apenas algumas semanas para o início do ano escolar e não há sinais de abrandamento da epidemia.

"Desde julho a epidemia tem piorado, com um aumento no número de novos casos a ser reportado em várias províncias", disse o responsável, concluindo: "Se queremos conter a propagação da doença, é imperativo o fortalecimento da resposta, e de forma imediata".

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa para a qual não existe tratamento a não ser a vacinação e o tratamento dos sintomas, para que o paciente possa, por si só, combater a infeção.

MBA // JH

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