Moçambique. Continuam operações de resgate em larga escala

por RTP

A localidade de Buzi praticamente ficou debaixo de água. Ainda é impossível saber quantos poderão ter morrido. A prioridade é procurar sobreviventes.

As bancadas do Estádio serviram de refúgio durante dias até que chegou a ajuda de uma equipa da força aérea sul-africana.

A operação de resgate é lenta e parece interminável. A pior zona é esta na província de Sofala nas margens do rio Buzi.

Aos poucos vão sendo transferidos para terra firme e é distribuída comida.
Calcula-se que 15 mil pessoas ainda estejam em situação de risco.

O socorro chega quase sempre do céu. Quase submersos e prestes a serem arrastados pela corrente, são finalmente salvos.

As autoridades moçambicanas falam de 3.000 pessoas que já terão sido resgatadas. Mas muitas mais continuam presas nos telhados ou em cima de árvores.

A Cruz Vermelha Internacional está a distribuir água potável e a providenciar instalações sanitárias e tendas para 20 mil moçambicanos.
O número de deslocados, tal como o numero de desaparecidos ainda são desconhecidos.

A ONU voltou a garantir que é uma das piores catástrofes humanitárias do Hemisfério Sul.

Uma semana depois da passagem do ciclone Aida as consequências ainda podem ser muito graves. Com a água estagnada, aumenta o risco da cólera e da malária.

O presidente moçambicano faz o reconhecimento aéreo a Manica, outra das províncias afetadas. Aqui os estragos também são avultados.
Dezassete mil pessoas ficaram sem casa, 8.000 infraestruturas destruídas e pelo menos 20 mortos.

Trinta por cento dos centros governamentais que estão a abrigar os deslocados continuam sem comida. O Programa Alimentar Mundial já descarregou toneladas de ajuda, mas a logística da distribuição não é fácil.

A crise alimentar deverá persistir por largos meses: 358 mil hectares de cultivo ficaram totalmente destruídos.
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