Feministas israelitas protestaram por carta junto da Universidade de Bar-Ilan, conhecida como baluarte da direita israelita mais radical, contra a entrevista em que um dos seus académicos, Prof. Mordechai Kedar, afirmara que a única forma de dissuadir atentados palestinianos seria violar as familiares dos bombistas.
E acrescenta: "As palavras de Kedar fazem-se eco de expressões que tratam a violação como um remédio, embora se trate de um crime de guerra".
Kedar, por seu lado, recusou comentar a tormenta que a sua entrevista desencadeou. Optou, em alternativa, por emitir uma declaração, assinada por si próprio e por mulheres porta-vozes da Universidade de Bar Ilan.
A declaração afirma que Kedar "evidentemente não apela a combater o terror, a não ser por meios legais e morais". E explica que ele apelnas "quis ilustrar que não existem meios para deter bombistas suicidas e, usando uma hipérbole, deu como exemplo a violação de mulheres".
A declaração prossegue afirmando: "Para dissipar quaisquer dúvidas: as palavras do Dr. Kedar, não contêm - Deus nos livre, uma recomendação para cometer tais acções desprezíveis. A intenção era descrever a cultura de morte das organizações terroristas. O Dr. Kedar estava a descrever a amarga realidade do Médio Oriente e a incapacidade de um país moderno, liberal e respeitador da lei para combater o terror dos bombistas suicidas".